PUBLICADO EM 04 de jun de 2025

Terceirizados de telemarketing da Copel denunciam atraso de pagamentos

Além de verba rescisória, os terceirizados de telemarketing da Copel cobram quitação de bônus e fundo de garantia

Terceirizados de telemarketing da Copel denunciam atraso de pagamentos

Terceirizados de telemarketing da Copel denunciam atraso de pagamentos – Foto: Copel/Divulgação

Ex-funcionários da empresa de telemarketing Alô, responsáveis por atender clientes da Copel (Companhia Paranaense de Energia), denunciam o atraso nos pagamentos de rescisão.

Aproximadamente 400 trabalhadores foram dispensados após a terceirizada comunicar que não prestará mais o serviço.

A empresa tem sede em Porto Alegre, mas o telemarketing funcionava em Londrina.

Os funcionários alegam que esperam há um mês o pagamento do acordo firmado durante o desligamento, mas até agora, nenhum valor foi repassado.

“Falaram que temos que esperar, que a empresa não está tendo caixa para pagar”, diz um dos trabalhadores que prefere não se identificar.

“Eles alegam que a Copel não fez o repasse do dinheiro e por isso não estão fazendo o pagamento. A empresa não dá uma orientação para a gente, promete datas e não cumpre”, acrescenta.

Além das verbas rescisórias, os ex-funcionários denunciam o não pagamento de um bônus mensal de R$ 300 e a ausência de depósitos regulares no FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), mesmo com desconto em holerite.

Ainda, os trabalhadores compartilham que tentam contato com o financeiro da empresa, mas não conseguem resposta. A previsão de pagamento foi marcada para a próxima sexta-feira, 6 de junho.

Em nota, a Copel informou que cumpre rigorosamente as cláusulas contratuais com a Alô Atendimento e que os pagamentos estão em dia, incluindo o valor necessário para as rescisões trabalhistas.

“O nosso medo é não receber e ter que recorrer à Justiça, o que demora. Precisamos do nosso dinheiro agora, até porque ficamos desempregados da noite para o dia”, adverte.

Entre 2010 e 2021, o número de trabalhadores terceirizados na Copel cresceu 61%, enquanto o de funcionários diretos caiu 27%, segundo levantamento do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Leia também:

Pejotização irrestrita no comércio prejudicará trabalhador e patrão

Trabalhadores da Usina São Domingos conquistam aumento real

COLUNISTAS

QUENTINHAS