Sobre a defesa do voto classista, ele afirma: “Cada vez mais, nós temos que valorizar o voto do trabalhador. Temos visto que a atual composição do Congresso Nacional é completamente hostil às bandeiras trabalhistas. A maioria dos parlamentares está atrelada aos interesses do grande empresariado e do setor financeiro”.
O sindicalista, que tem vasta atuação no setor de vestuário, reforça a necessidade de eleger em outubro candidatos que têm compromisso com a pauta social e trabalhista. “É necessário o voto classista, porque fora da democracia e do parlamento não há solução. É preciso que os trabalhadores fortaleçam seus candidatos, pois só assim poderemos evitar retrocessos”.
Neoliberalismo – Egea repudiou a proposta de governo do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL), que defende o fim do conceito de categoria profissional – uma das principais características do sindicalismo brasileiro.
“O Bolsonaro quer radicalizar e aprofundar a reforma trabalhista. Estamos sofrendo uma avalanche do pensamento liberal. O conceito de categoria permanece, não foi abolido, está na CLT e, sobretudo, na Constituição”, enfatiza.
Para o dirigente, faltam informação e abordagem direta na base trabalhadora. “Os trabalhadores são inteligentes e sabem que a reforma trabalhista trouxe malefícios e não gerou nenhum emprego. Deve haver diálogo e esclarecimento”, diz.
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