
De acordo com a acusação, o escritório de advocacia de Helena Witzel teria recebido pagamentos destinados ao governador – Foto: Governo do Estado do Rio de Janeiro
Além de Witzel, oito pessoas, incluindo a primeira-dama Helena Witzel, foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção.
Em nota, a defesa do governador afirma que a decisão foi tomada de forma “monocrática”. A autorização para o afastamento, proveniente da denúncia da PGR, foi autorizada pelo ministro do STJ Benedito Gonçalves. “Os advogados aguardam o acesso ao conteúdo da decisão para tomar as medidas cabíveis”, conclui a defesa de Witzel.
Na mesma operação, o presidente nacional do PSC, o pastor Everaldo foi preso, ao lado de Gothardo Lopes Netto, médico e ex-prefeito de Volta Redonda (RJ). Também há mandado de prisão expedido contra Lucas Tristão, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico.
Contra a primeira-dama Helena Witzel, foi determinado um mandado de busca e apreensão, o que também foi feito contra Cláudio Castro, vice-governador, André Ceciliano (PT), presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), e o desembargador Marcos Pinto da Cruz.
As denúncias da PGR
De acordo com a acusação, o escritório de advocacia de Helena Witzel teria recebido pagamentos feitos pela empresa familiar de Gothardo Lopes Netto e de empresas ligadas a Mário Peixoto, que teriam sido transferidos para Wilson Witzel.
A Operação Tris in Idem é um desdobramento das operações Favorito e Placebo, iniciadas em maio deste ano após a delação premiada do ex-secretário de Saúde, Edmar Santos.
Na época, o ex-secretário entregou provas à PGR que relacionam o governador ao esquema de corrupção que desviou R$ 37 milhões na pasta com a aquisição de equipamentos hospitalares, justamente um dos fatos investigados pela Placebo.
Fonte: Brasil de Fato