PUBLICADO EM 14 de abr de 2021
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Somente 64,8% dos estudantes de escolas públicas têm celular

Em 2019, o uso do celular para acessar à internet entre os estudantes chegou a 97,4%. Apesar deste avanço, apenas 64,8% dos alunos de escolas públicas tinham o aparelho para uso pessoal e nem todos eles tinham acesso à rede. No ensino privado, 92,6% dos estudantes tinham um telefone móvel. Essa diferença era ainda maior no Norte do país, onde apenas 47,5% dos alunos do ensino público tinham um celular. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD) Contínua, que investigou no último trimestre de 2019 o acesso à Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). As informações foram divulgadas hoje (14) pelo IBGE.

“Entre os estudantes da rede privada, o percentual dos que tinham celular com acesso à internet foi de 99,1%, ao passo que, entre os estudantes da rede pública, foi 97,0%, ou seja, o estudante que tem celular próprio costuma ter acesso à internet no aparelho”, comenta a analista da pesquisa, Alessandra Scalioni Brito.

Dos estudantes da rede pública que não tinham celular em 2019, 41,2% alegaram o alto custo do aparelho. Outros 28,7% disseram que não tinham celular porque usavam o aparelho de outra pessoa. Esses dois motivos também foram os mais comuns entre os estudantes da rede privada, contudo o uso de aparelho de outra pessoa tem peso maior (40,3%) que a questão do aparelho telefônico ser caro (20,0%).

“Esses dados mostram que estudantes da rede pública tinham menos acesso a telefone próprio e a questão financeira tinha um peso maior. E como o celular é o principal meio de acesso à internet, num contexto de ensino remoto, provavelmente, esses estudantes terão mais dificuldades do que os da rede privada”, diz Alessandra

Se o uso do celular por estudantes para acessar à internet vem crescendo, ano após ano, o do microcomputador, por outro lado, vem reduzindo. Em 2016, início da pesquisa, 70,6% dos estudantes usavam computador para navegar na internet, frente a 56,0% em 2019. Já o uso da televisão para navegar na internet cresceu, de 11,9% para 35,0%. O tablet era usado somente por 13,4% dos estudantes, a maioria da rede privada.

Fonte: IBGE

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