Nesta quarta-feira (6) os trabalhadores, estudantes e movimentos sociais experimentaram a truculência do governo Tarcísio de Freitas e sua tropa de choque na Alesp.
Após a PM espancar manifestantes na galeria, a sessão foi suspensa e retornou sem a oposição, que se negou a voltar porque o ar estava irrespirável por conta do gás de pimenta lançado pela PM.
A base governista colocou o projeto em votação e aprovou o Projeto de Lei de privatização da Sabesp por 62 votos.
Do lado de fora após serem expulsos das galerias e proibidos de acompanhar a votação, os trabalhadores e representantes de movimentos sociais fizeram um protesto.
O presidente do Sintaema – Sindicato dos trabalhadores em água, esgoto e meio ambiente do estado de São Paulo, José Faggian, afirmou que a política de segurança de Tarcísio é usar de violência contra os trabalhadores, estudantes e os movimentos sociais.
“A luta contra a privatização da Sabesp continua nas câmaras municipais, tem processos jurídicos tramitando na justiça por causa da inconstitucionalidade do PL. A Alesp passou por cima da constituição do Estado de São Paulo. Tarcísio quer privatizar tudo, mas não terá vida fácil. Hoje e durante todo esse ano ele experimentou a resistência e luta dos trabalhadores de São Paulo e não terá vida fácil nos próximos anos”, declarou Faggian.
A oposição informou que nesta quinta-feira (7) vai ingressar com novas ações contestando o projeto de privatização e criticou a insalubridade do plenário.
De acordo com o deputado Paulo Fiorillo (PT), a votação deveria ter ficado para o dia seguinte porque o ambiente ainda estava tomado por gás de pimenta.
A deputada Paula, grávida, e também outros parlamentares com mais idade também estariam sob risco. A presidência da Câmara foi irredutível e colocou o projeto em votação.
O presidente do Sintaema afirmou que a pressa em aprovar o PL foi regra na condução do PL na Alesp.
Ele criticou a falta de um debate aprofundado sobre o projeto, considerado pelos trabalhadores e por diversas lideranças políticas na Câmara Municipal e na Alesp como um texto vago que não detalha pontos importantes, entre eles, como vai reduzir a tarifa e qual a participação do estado na empresa.
“Uma falta de transparência para decidir o futuro de uma empresa que é referência no Brasil e no mundo no saneamento. A população que será a mais impactada não foi consultada pelo governo. E quando teve oportunidade, no plebiscito feito pelos trabalhadores e pelo Datafolha, o povo disse não à privatização da Sabesp. O governador Tarcísio obstruiu o debate público. A luta não acabou e os trabalhadores continuam em luta em defesa dos direitos da população”, concluiu o presidente do Sintaema.
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