O Sindicato da Saúde de São Paulo, SinSaúdeSP denunciou em suas redes sociais, que o empresário Gedeão Silveira Pereira, vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), negou a existência de trabalho escravo no Rio Grande do Sul durante a Conferência Internacional do Trabalho, em Genebra.
Segundo informações do Sindicato, a declaração gerou revolta entre representantes dos trabalhadores presentes.
Em resposta, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, relembrou casos de trabalho análogo à escravidão no estado, afirmando que as empresas envolvidas assinaram Termo de Ajustamento de Conduta.
Jefferson Caproni, presidente do Sindicato da Saúde (SinSaúdeSP) e representante do Conselho Federal de Enfermagem Delegação Força Sindical, criticou duramente a fala de Pereira.
“A fala foi muito infeliz. O Brasil virou a página do negacionismo na ciência, mas no mundo do trabalho infelizmente os negacionistas insistem em negar a realidade. O trabalho escravo, o trabalho infantil, a precarização estão aí e tem a digital de quem apoiou a reforma trabalhista”, afirmou Caproni.
Pereira também criticou o programa Bolsa Família, afirmando que ele “atrapalha a nossa relação [entre empregadores e empregados], porque nos falta já mão de obra no Brasil”. Marinho rebateu essa declaração, argumentando que dialogou com as empresas envolvidas nos casos do Rio Grande do Sul.
Parte dos presentes defenderam a necessidade de uma retratação sobre a manifestação do empresário.
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