Fazer uma reflexão e repensar a estrutura organizacional do movimento sindical, esse foi o objetivo da plenária realizada nesta quarta-feira (15), na sede do SINPOSPETRO-RJ, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio de Janeiro. Sindicalistas, juristas, políticos e representantes do Ministério do Trabalho participaram do evento, que debateu a nova conjuntura política do país e a ascensão da classe operária no governo Lula.
Ao abrir o encontro, o presidente do SINPOSPETRO-RJ, Eusébio Pinto Neto, agradeceu aos parceiros que sempre apoiaram a luta dos Frentistas do Estado do Rio de Janeiro por mais direitos. Ele destacou que os sindicatos resistiram a todos os ataques do governo Bolsonaro e as Reformas Trabalhistas e da Previdência, por isso a reestruturação das entidades é importante para avançar nas conquistas.
O ex-deputado federal (PDT), Paulo Ramos, fez um passeio pela história do Brasil, narrando a luta dos trabalhadores desde a Era Vargas até as eleições do ano passado, que permitiram a virada de poder. Ele frisou que os trabalhadores precisam dar sustentação ao governo Lula para assegurar a democracia do país. Paulo Ramos criticou os atos golpistas, praticados por bolsonaristas, contra os três poderes, no dia 8 de janeiro.
TRABALHO SOCIAL
O jurista e ex-vereador do (PT), Roberto Monteiro, afirmou que a direita aproveitou o enfraquecimento dos sindicatos para se aproximar da população mais pobre. Esse estreitamento ideológico se deu através da evangelização política e do assistencialismo. Segundo ele, as entidades de classes têm o compromisso de reagir e mudar essa trajetória para avançar nas questões sociais.
Para o presidente do Sindicato dos Frentistas de Niterói e Região, Alexsandro Santos, o grande desafio para o movimento sindical é traduzir a força da informação das igrejas. “Temos que entender o papel desenvolvido pelas igrejas nas camadas mais pobres da população. O sindicalismo, que tem como base a luta de classe, precisa florescer, do contrário continuará patinando”, completou.
DIREITOS
O Superintendente do Ministério do Trabalho no Rio de Janeiro, Alex Bolsas, frisou que os sindicatos têm um grande potencial para resolver conflitos, sem perdas para os trabalhadores. Ele defendeu uma reforma para garantir o custeio das entidades, assim como o aumento da sindicalização e a requalificação profissional.
O presidente do PCdoB no Estado do Rio, João Batista Lemos, disse que a contribuição negocial aprovada em assembleia dos trabalhadores deve ser respeitada. A união de forças democratas e progressistas é essencial para referendar o sucesso do governo Lula e fortalecer a luta dos trabalhadores.
No encerramento da plenária, a vice-presidente do SINPOSPETRO-RJ, Aparecida Evaristo, acrescentou que a conscientização do trabalhador é o único meio para vencer a exploração da mão de obra e a manipulação política.
“Quem defende a classe operária será sempre o melhor para o povo. É isso que precisamos despertar no trabalhador”, finalizou ela.