Sensibilizado com as questões de saúde mental que acometem centenas de milhares de trabalhadores pelo Brasil, o presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Jundiaí e Região, Milton de Araújo, juntamente com a Fecomerciários – Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo, presidida pelo também Deputado Federal, Luiz Carlos Motta, levou para a sua diretoria e corpo jurídico, uma palestra sobre Burnout. O tema foi abordado pela Psicóloga Fernanda Polezi, que falou da síndrome, sintomas e tratamento.
“Fiquei muito feliz com o convite do presidente para falar desse tema tão sensível e recente. A preocupação do Milton com os seus colaboradores, seu corpo jurídico e todos os comerciários é de extrema importância. Com a abertura para a discussão do tema, ele possibilitou o autoconhecimento e, consequentemente, a possibilidade dessas pessoas agirem e ajudarem em situações corriqueiras”, comentou.
Após a explanação da psicóloga, todos os participantes puderam fazer perguntas para a profissional e relatar experiências que tiveram com familiares e colegas de trabalho em situação de muito estresse.
“Nós já tivemos casos de comerciários que precisaram da ajuda do nosso corpo jurídico por conta da Burnout e, nós, como dirigentes sindicais, temos de estar atentos às mudanças que ocorrem em todas as áreas, até para dar suporte a esse trabalhador. Então, entendi que essa palestra iria agregar muito para a nossa diretoria, que é quem está em contato diário com o trabalhador, e a nós mesmos, que precisamos estar bem para ajudar o outro e dar o direcionamento certo nas mais diferentes situações”, disse o presidente.
Todos os presentes agradeceram a iniciativa do presidente Milton e saíram do encontro com mais bagagem para dar suporte aos comerciários.
Sobre a Burnout
A síndrome de burnout é um distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema, sempre relacionada ao trabalho de um indivíduo. Essa condição também é chamada de “síndrome do esgotamento profissional” e afeta quase todas as facetas da vida de um indivíduo.
Ela é mais comum em profissões em que altos níveis de estresse, ansiedade e cobrança são esperados. É o caso, por exemplo, de policiais, bombeiros, professores, bancários, publicitários, atendentes de telemarketing, médicos e enfermeiros, entre outros.
O burnout já era conhecido desde meados da década de 1970, porém apenas recentemente entrou para o C.D.I. – Classificação Internacional de Doenças.
Sua inclusão na C.D.I 11 se deu em 2022, porém não é considerada uma doença. Dentro da legislação também não tem jurisprudência como sendo uma doença, por isso a importância de se inteirar cada vez mais sobre o tema.