Nos últimos dias, declarações e iniciativas do ministro Guilherme Boulos provocaram reação imediata do SINDIMOTOSP, que cobra respeito à representação sindical legítima dos motofretistas e ciclistas mensageiros.
Desde o início do mandato, o ministro convoca associações sem registro sindical, legitimidade constitucional ou base representativa, ignorando entidades que realmente defendem direitos da categoria profissional organizada.
A Constituição Federal assegura que somente sindicatos representam trabalhadores de determinada categoria, enquanto associações podem apenas defender interesses de seus associados, sem prerrogativa negocial.
Segundo o SINDIMOTOSP, o ministro já havia, como deputado, restringido a participação sindical em audiências públicas sobre o setor, repetindo agora o mesmo padrão excludente.
A situação se agravou após o SINDIMOTOSP não ser convidado para reunião de negociação coletiva no Tribunal Superior do Trabalho, com presença de autoridades e representantes governamentais.
Embora seja o maior sindicato do mundo no setor, a entidade foi deixada de fora enquanto associações sem legitimidade foram chamadas para representar toda a categoria.
Posteriormente, o ministro divulgou vídeo ao lado dessas associações, anunciando grupo de trabalho, o que reforçou críticas sobre a tentativa de substituir o sistema sindical constitucional.
O SINDIMOTOSP afirma que representação trabalhista não se define por popularidade digital, seguidores ou engajamento, mas por registro sindical, base territorial e dirigentes eleitos.
Para o sindicato, a vida do trabalhador não cabe em vídeos curtos, e negociação coletiva não pode ser reduzida a disputas de narrativa ou performance em rede social.
A entidade denuncia que associações privadas, sem definição jurídica ou respaldo constitucional, não podem falar, negociar ou firmar compromissos em nome da categoria profissional.
O SINDIMOTOSP reforça que representa trabalhadores classificados nas CBOs de motofretista, ciclista mensageiro e mototaxista, seguindo rigorosamente legislação e princípios constitucionais vigentes no país.
O sindicato argumenta que qualquer grupo de trabalho ou negociação coletiva é inválido quando exclui a entidade sindical responsável, gerando insegurança jurídica e fragilizando direitos coletivos.
Reafirma ainda que associações não possuem competência para negociar em nome dos trabalhadores, e iniciativas que ignoram sindicatos atentam contra democracia e organização sindical.
O SINDIMOTOSP declara que continuará defendendo direitos, valorização profissional e respeito à representação legítima, consolidada por décadas de lutas, conquistas e mobilização da categoria.
Por fim, a entidade se diz aberta ao diálogo com instituições públicas e privadas, desde que haja plena observância da Constituição e reconhecimento da legitimidade sindical.






























