PUBLICADO EM 16 de jun de 2025

Sindicato quer bloquear verba de empresa para pagar grevistas

Sindicato quer bloquear verba de R$ 1,5 milhão da LCD para pagar grevistas. Saiba mais sobre a situação atual.

Sindicato quer bloquear verba de empresa para pagar grevistas

Sindicato quer bloquear verba de empresa para pagar grevistas

O sindicato dos trabalhadores na construção civil, montagem e manutenção industrial (Sintracomos) de Santos e região requereu nesta segunda-feira (16) o bloqueio de R$ 1,5 milhão da empresa LCD.

Esse é o valor que a empreiteira, prestadora de serviços à RPBC (Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão Petrobras), deve a 650 operários desde o quinto dia útil de junho.

O atraso, segundo o presidente do sindicato, Ramilson Manoel, é referente aos salários de maio e motivou uma greve que se arrasta até hoje, segunda-feira (16), desde a segunda da semana passada (9).

Paralisação de solidariedade

Nesta segunda, mais de 2 mil trabalhadores de outras empreiteiras paralisaram as atividades, das 7 às 10 horas, em solidariedade aos colegas. O bloqueio foi requerido ao TRT (tribunal regional do trabalho).

A paralisação de hoje (16) começou quando, a partir das 5 horas, os empregados da LCD, no portão 10 da refinaria, pediram aos colegas de outras terceirizadas que parassem em apoio.

Os grevistas chamaram a direção do sindicato, que se dirigiu ao local com água, café e pão com manteiga para todos. Diante disso, foram chamados pelo gerente de manutenção da refinaria.

Três horas de paralisação

A reunião não resultou no pagamento dos atrasados, mas os trabalhadores solidários resolveram ir para seus postos após as três horas de paralisação. Os grevistas foram para a subsede do sindicato.

Nesta terça-feira (17), os trabalhadores da LCD estarão novamente na portaria da RPBC, pela manhã, quando esperam ter o problema solucionado com o bloqueio financeiro.

O bloqueio, segundo Ramilson, já havia sido determinado pelo vice-presidente judicial do TRT, desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto, na quinta-feira da semana passada (12).

Bloqueio e desbloqueio

“Não me pergunte por quê”, desabafa Ramilson, “mas não foi cumprido até agora, o que nos levou a requerê-lo de novo. Tomara que tudo corra bem desta vez”.

A direção sindical trabalha também no sentido de que a mão de obra seja absorvida pelas outras empreiteiras após a rescisão contratual de desligamento.

Ramilson quer que as rescisões sejam pagas com a correção salarial retroativa à data-base de maio, conforme o novo acordo salarial da categoria.

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