PUBLICADO EM 30 de set de 2021
COMPARTILHAR COM:

Metalúrgicos de SJC apoia estado de greve na GM de São Caetano

Os metalúrgicos da General Motors de São Caetano do Sul aprovaram, nesta quarta-feira (29), o estado de greve na fábrica. O motivo é a tentativa da montadora de adiar o reajuste salarial e diminuir direitos dos trabalhadores.

A data-base da categoria é 1º de setembro e até agora a GM não apresentou uma proposta de reajuste que atenda às necessidades dos operários.

Em uma nova provocação, a montadora ofereceu 10,42% (INPC acumulado entre setembro de 2020 e agosto de 2021) para ser aplicado somente em fevereiro, desconsiderando os futuros disparos da inflação.

A fábrica ainda teve a audácia de propor reajuste de apenas 50% do INPC para a data-base de 2022, com aplicação em fevereiro de 2023.

Os metalúrgicos também defendem a estabilidade no emprego para todos os lesionados. Hoje, apenas quem foi contratado antes de 2017 têm direito a esse benefício. A GM quer manter a exclusão dos novos dessa cláusula e, ainda por cima, reduzir o período de estabilidade dos antigos.

“Essa luta é de todos os trabalhadores da GM no Brasil. A proposta da unidade de São Caetano é inferior ao que foi acordado em outras plantas. Se a fábrica não apresentar uma proposta decente, os companheiros de São Caetano vão parar e terão todo nosso apoio”, afirma o secretário-geral do Sindicato, Renato Almeida.

GM continua lucrando

Enquanto a empresa lucra, os salários perdem o poder de compra. Há três anos, os reajustes são inferiores à inflação.

Em contrapartida, a GM não para de lucrar. No segundo trimestre deste ano, o grupo teve lucro líquido de 2,8 bilhões de dólares, o que reverteu todo o prejuízo atribuído à pandemia.

O Sindicato e a CSP-Conlutas prestam todo apoio e solidariedade à luta dos metalúrgicos de São Caetano.

“Com o aumento dos preços e a inflação galopante, as dívidas não esperam, não podem ser parceladas. É um absurdo a GM ter a cara de pau de querer aplicar a inflação da data-base apenas no ano que vem. Nós estamos juntos nessa luta e vamos pra cima ao lado dos companheiros de São Caetano”, afirma Luiz Carlos Prates, o Mancha, dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.

Leia também: Padaria do Sindicato dos Químicos já produz e distribui 600 pães por dia

 

ENVIE SEUS COMENTÁRIOS

QUENTINHAS