Desde segunda-feira, 07 de março, os jornalistas da RedeTV! estão trabalhando em um ambiente insalubre e más condições de trabalho. Com o ar-condicionado da redação desligado ou sem capacidade para manter a temperatura normal de qualquer escritório de trabalho de São Paulo, os termômetros têm atingido, durante estes dias de verão, mais de 30 graus célsius dentro da redação!
Entre os empregados, o comentário é de que os clientes que alugaram estúdios da RedeTV!, as multinacionais milionárias Endemol e Netflix, reclamaram da temperatura no último sábado, 5 de março, e a solução foi direcionar o fluxo de ar para os clientes, que pagam mensalmente cerca de R$ 1 milhão e meio para Marcelo de Carvalho e Amilcare Dallevo Jr, e tirar da redação.
Entre os agravantes está o fato de a redação da emissora não ter janelas, impedindo a circulação de ar, especialmente porque só existem duas portas relativamente pequenas. Para piorar, parte da redação é envidraçada e a falta de cortinas em alguns trechos funciona como uma estufa sob os raios de sol.
Para as pessoas que são obrigadas a passar mais de sete horas e meia, no caso dos jornalistas, e nove horas, no caso dos radialistas, trabalhando, o ambiente se assemelha a um inferno úmido, quente e sem ar, de acordo com denúncia dos funcionários.
Na quinta-feira, 10 de março, uma das trabalhadoras passou mal e foi levada à enfermaria da emissora. Vários empregados sentem tontura e falta de ar.
Diante dos fatos, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estados de São Paulo (SJSP) entrou em contato com a emissora solicitando a adoção de medidas que garantam condições de trabalho digna aos profissionais. Vários funcionários também já procuraram o Departamento de Recursos Humanos da TV pedindo providências.
Como ainda estamos em meio a uma pandemia que exigem o uso das máscaras, há ainda mais sufocamento em ambientes com pouco ar e muito calor. Além disso, a emissora não permite que os homens vistam roupas leves, chegando a exigir o uso de ternos no caso de repórteres e apresentadores, acentuando o desconforto dos profissionais.