Com muita cultura, poesia e música, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC comemorou seus 64 anos de resistência, lutas e conquistas na última sexta-feira, 12 de maio, na Sede. Participaram da reunião da Diretoria Plena ampliada do Sindicato parceiros do movimento sindical e social, do poder público e de partidos.
O presidente do Sindicato, Moisés Selerges, afirmou que a data é muito importante para marcar a trajetória de lutas da categoria em defesa de melhores condições de trabalho e de vida para toda a sociedade brasileira.
“São 64 anos de muitas conquistas e alegrias misturadas com decepções, sangue, suor, lágrimas, cacetete, gás lacrimogêneo. Misturados com propostas, lideranças, nascimentos de partido, de Central e de movimentos. De fé, de fundos, não de investimentos, mas de greve. De Tribuna, de TV dos Trabalhadores, de cultura. Misturados com a forja da maior liderança do mundo que, nem mesmo as grades do cárcere, que são de metal, abalaram: o nosso operário presidente, presidente operário”, ressaltou.
“Só foi possível chegarmos até aqui graças a todos e todas que nos antecederam e dedicaram suas vidas a este Sindicato, que se tornou único, cruzou fronteiras e que não pertence apenas a esta categoria, como dizem os Tribalistas, ‘sou de todo mundo e todo mundo é meu também’”.
O presidente também falou dos desafios pela frente. “A atual direção tem a responsabilidade de continuar essa luta gloriosa e o dever de entregar para as próximas gerações o Sindicato mais forte, o Sindicato imortal, o solo sagrado da classe trabalhadora. Viva os metalúrgicos e as metalúrgicas do ABC”.
O presidente da Fundação Sociedade Comunicação Cultura e Trabalho, gestora da TVT, Paulo Vannuchi, fez uma análise de conjuntura com a linha do tempo do Sindicato como ator político fundamental na história do país.
Luta das mulheres
A coordenadora do Coletivo de Mulheres Metalúrgicas do ABC, Maria do Amparo Travassos Ramos, destacou que o Sindicato tem a característica de forjar grandes quadros para fazer a luta e a revolução por mudanças no país.
“Este Sindicato gera políticas para a categoria e para a classe trabalhadora do Brasil. Tivemos seis anos de retrocessos, agora temos o Projeto de Lei da igualdade salarial em tramitação no Congresso”.
“Essa é uma categoria de mulheres aguerridas e de companheiros sensíveis à causa das mulheres. Seguimos na luta por avanços”.
Cultura
A comemoração contou com samba de Marcinho do Cavaco, incluindo uma letra de música escrita pelo secretário-geral do Sindicato, Claudionor Vieira, sobre os metalúrgicos e metalúrgicas do ABC.
“Este é um dia muito especial para o conjunto de trabalhadores e trabalhadoras, de muita festa, cultura, poesia e música para celebrar as conquistas históricas e de olho nos desafios que temos daqui para frente por uma sociedade mais justa e igualitária”, disse.
A celebração teve a participação do poeta Antonio Marinho, de São José do Egito, Pernambuco, que fez um cordel em homenagem aos 64 anos do Sindicato.
“Estou muito feliz em estar aqui, como alguém que sabe que qualquer pessoa que conhece a história real do Brasil deve muito ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, mesmo que nunca tenha pisado aqui. Este é um pedaço do solo sagrado da democracia brasileira”.
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