O Sindest avançou em algumas lutas dos trabalhadores na saúde pública de Santos, semana passada, tanto judicialmente quanto em negociações diretas com a administração municipal.
Sindest é sindicato dos 11 mil servidores estatutários e 7 mil aposentados da prefeitura e câmara. Os progressos foram abordados em programa ao vivo da entidade na segunda-feira (26).
Na ‘live’, transmitida pelo facebook, youtube e instagram, o presidente mais os diretores de comunicação e assuntos profissionais, Fábio Pimentel, Daniel Gomes e Carlinhos Nobre, enumeraram alguns pontos.
Ação judicial
O primeiro eles confirmaram, por meio do departamento jurídico, logo após audiência que tiveram, na terça-feira (20), com o secretário de saúde, Denis Valejo.
Os sindicalistas já estavam satisfeitos com a reunião, onde trataram de diversos assuntos, quando foram contatados por um condutor de ambulância do Samu (serviço de atendimento móvel de urgência).
O profissional disse-lhes ter vencido uma ação judicial, em última instância, feita pela advogada da entidade Ana Lúcia Reis, que, segundo Fábio, pode beneficiar processos semelhantes.
De motorista para condutor
O servidor pleiteou que uma gratificação do segmento, comum aos demais colegas, fosse computada para efeito de aposentadoria. Perdeu em Santos, mas ganhou em nível estadual e federal.
Fábio explicou que as ações têm de ser individuais. Daniel e Carlinhos ressaltaram que os interessados devem procurar o jurídico do Sindest, na avenida Afonso Pena, 123.
Carlinhos disse que os profissionais já aposentados sem a gratificação inclusa na aposentadoria também podem abrir processos por meio do jurídico sindical.
Da saúde para outra secretaria
Ainda sobre os condutores de ambulâncias, os três conseguiram do secretário municipal o compromisso de renomeá-los. Querem passar de motoristas para condutores.
A mudança, segundo Fábio, possibilitará que tenham direito ao salário mínimo nacional da função, que está prestes a ser aprovado no congresso nacional.
Na audiência com Denis, os dirigentes insistiram na realocação de sete agentes de saúde impossibilitados de atuar no setor por recomendação médica. E o sinal positivo veio na segunda-feira (26).
Falta de segurança
Fábio conversou por telefone com o secretário adjunto de finanças, Éder Santana, que afirmou a possibilidade da readaptação, reivindicada há meses pelo sindicato.
O sindicalista observou, na ‘live’, que a administração chegou ao ponto de induzir os servidores inaptos para atuar na saúde a se aposentarem. “Absurdo inconstitucional”, disse o presidente.
A falta de segurança dos profissionais e equipamentos nos prontos-socorros foi outro assunto da audiência, quando a direção sindical propôs ação conjunta das secretarias de saúde e segurança.
Eleição municipal
No programa, Daniel contestou a alegação de que a segurança é onerosa: “Caro vai ficar quando morrer alguém na porta de uma unidade de saúde. É necessário impedir que as agressões e furtos continuem”.
Segundo ele, já houve ameaça de morte em um posto. Há poucos dias, roubaram um compressor de ar odontológico. Os ataques a servidores por parte de pacientes e acompanhantes têm aumentado.
Na ‘live’ da próxima segunda-feira, o assunto será a eleição municipal de outubro. A diretoria pretende falar sobre candidatos comprometidos com os trabalhadores, especialmente os servidores.
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