A diretora de energia da IndustriALL, Diana Junquera Curiel, falou sobre o estado do setor durante a pandemia. Apesar do confinamento, a demanda global por eletricidade diminuiu apenas 2% neste ano, de modo que o setor não foi atingido tanto quanto os outros. Os eletricistas são considerados essenciais, e aqueles que não conseguem realizar suas tarefas em casa têm que ir para seus locais de trabalho, apesar dos bloqueios. Algumas empresas, incluindo aquelas com as quais IndustriALL tem acordos globais, como ENGIE e ENEL, responderam bem, fornecendo seguro de vida e cobertura de saúde para todo o pessoal em todo o mundo e introduzindo medidas de segurança específicas.
Diana comentou sobre as futuras tendências no setor. A eletricidade será gerada por mais fontes diferentes, particularmente, e as redes de energia precisarão de mais flexibilidade para lidar com a mudança no fornecimento. Isso exigirá amplo desenvolvimento de infraestrutura, e os sindicatos devem pressionar governos e empresas a investirem no futuro da energia.
É necessária uma expansão massiva na capacidade da rede, bem como maneiras de armazenar energia para os picos de demanda. Isso incluirá o desenvolvimento de baterias e sistemas de armazenamento de energia. Os possíveis cenários incluem investimentos em larga escala em baterias por empresas de energia ou o uso da capacidade crescente de carros elétricos que carregam durante a noite quando a demanda é baixa.
O sindicalista representante da Austrália, Matt Murphy comentou que a experiência nos ensinou que é crucial que os sindicatos tenham uma presença forte na rede nacional. Jesus Crespo Torres da Espanha, observou que as empresas estão começando a usar energias renováveis, mas cabe aos sindicatos garantir o aspecto social da transição. Os delgados espanhóis falaram sobre o fechamento de minas de carvão e usinas térmicas na Espanha e os bons acordos negociados em conjunto com o governo espanhol e empresas para garantir uma transição justa para os trabalhadores.
O secretário-geral adjunto da IndustriALL, Kemal Özkan, falou sobre o trabalho que a organização está fazendo para organizar a cadeia de fornecimento de baterias e sobre a importância de os trabalhadores da eletricidade fazerem parte dessa rede.
“À medida que as baterias se tornam mais importantes, mapear e organizar a cadeia de abastecimento, das minas em diante, é essencial”, afirmou.
Fonte: Redação Mundo Sindical
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