No último ano pré-pandemia, 2019, o setor de serviços apresentou um crescimento de 1,6% no número de empresas. Ao todo, 1,4 milhão de empresas atuaram no setor, em 2019, gerando uma receita operacional líquida de R$ 1,8 trilhão, com R$ 1,1 trilhão de valor adicionado bruto. Essas empresas pagaram R$ 376,3 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações a 12,8 milhões de trabalhadores.
Entre as 34 atividades, a que mais gerou receitas em todo o setor de serviços foi a de transporte de carga – do segmento de segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio – com 11% de participação. Já em relação a pessoal ocupado, a atividade que mais gerou emprego foi a de serviços de alimentação do segmento de serviços prestados principalmente às famílias. Embora seja a que tem o menor salário mínimo (1,5 s.m.).
Quedas
A participação do segmento líder – de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio – na receita líquida caiu para 29,0% em relação a 2018. Na segunda posição, estava o setor de serviços profissionais, administrativos e complementares (27,0%). Na sequência vieram serviços de informação e comunicação (21,8%), serviços prestados principalmente às famílias (11,7%), outras atividades de serviços (6,5%), atividades imobiliárias (2,4%) e serviços de manutenção e reparação (1,6%).
Os serviços de Informação e Comunicação, que em 2010 figurava como o segundo maior segmento, com 27,4% na geração de receita, perderam 5,6 pontos percentuais passando para o terceiro lugar com 21,8%. Foi o único segmento dos sete grandes analisados que perdeu participação, devido à queda de 6,1 p.p do setor de telecomunicações. Segundo o analista da PAS, Marcelo Miranda, “Um dos fatores pode ter sido a evolução da tecnologia com perda de receitas de alguns serviços como de mensagens de texto. Por outro lado, ainda no segmento de informação e comunicação, o setor de tecnologia da informação é o que mais cresce, mas não no mesmo patamar da perda do setor de telecomunicações”.
Regiões
A região Sudeste, puxada sobretudo por São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais permaneceu como a principal região do país, em receita, pessoal ocupado, salários e número de empresas. Mas vem perdendo participação em todas essas variáveis. Em 2010, a participação na receita bruta era 66,3% e em 2019 esse número caiu para 63,9%. As regiões que ganharam participação foram Sul, de 14,2% para 15,5%, ganho de 1,3 p.p.; e Centro Oeste que ganhou 1,0 p.p. passado de 6,7% para 7,7%. O Nordeste teve leve crescimento de 10,1% para 10,2%. Apenas a região Norte não ganhou participação.
A partir de 2020, entretanto, o setor de serviços, que inclui bares, restaurantes, salões de beleza, foi um dos mais afetados pela pandemia. Segundo o novo Caged, foram quase 3 milhões de desligamentos nos cinco primeiros meses de 2021, o maior número na comparação com comércio, construção, indústria e agricultura. O setor também liderou a quantidade de acordos firmados no BEM (Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda).