Os 6 mil servidores da prefeitura de Guarujá terão reajuste de 8,16% nos salários na data-base de abril. A proposta da prefeitura foi aprovada em assembleia na noite de terça-feira (18).
A surpresa da assembleia ficou por conta do abono de R$ 500, dividido em duas parcelas iguais em abril e julho, que não estava previsto na proposta enviada pelo prefeito Valter Suman (PSDB).
O presidente do sindicato Sindserv, Zoel Siqueira, insistiu na concessão do benefício, junto aos secretários de gestão e finanças, Luciano Rocha e Francisco da Rocha, que estavam na assembleia.
A diretoria do sindicato teimou na necessidade do abono, garantido aos salários até R$ 2.640, e conseguiu o compromisso assumido pelos dois representantes do prefeito.
Respeito ao sindicato
“A simples presença de dois secretários municipais na assembleia é por si só muito importante”, observa Zoel. “Isso revela o respeito do executivo pelo sindicato”.
“Num momento em que o movimento sindical do funcionalismo luta pela regulamentação da convenção 151-1978 da OIT, Guarujá demonstra estar à frente da maioria das prefeituras”, diz o dirigente.
A regulamentação da convenção da Organização Internacional do Trabalho impedirá que prefeitos desrespeitem os servidores e seus sindicatos, obrigando-os a negociar acordos coletivos.
Houve avanço
O reajuste de 8,16% será pago em duas parcelas: 5,79% em abril e 2,24% em julho. E incidirá sobre o auxílio-alimentação, auxílio-uniforme e gratificação de estímulo acadêmico (gdea).
O auxílio-alimentação passou a R$ 884, o de uniforme foi a R$ 228 e o ‘gdea’, R$ 725. O jeton dos integrantes de comissões internas, que estava congelado em R$ 500 há quase dez anos, foi para R$ 750.
A assembleia desta semana representou avanço em relação à de 30 de março, quando o reajuste oferecido era de 8% e dividido em duas parcelas iguais, em abril e julho.