Na foto, ônibus da empresa na divisa da praia do Itararé, entre Santos e São Vicente

Os usuários do transporte coletivo municipal de São Vicente não enfrentarão, nesta terça-feira (5), como estava programada, a greve dos motoristas e demais trabalhadores da empresa Otrantur.

Em assembleia na noite desta segunda-feira (4), no sindicato dos rodoviários de Santos, a categoria suspendeu a paralisação, mas manteve o ‘estado de greve’ por causa de algumas pendências.

A paralisação foi suspensa porque a empresa adiantou em sete dias o pagamento do salário mensal e saldou dívida atrasada desde 20 de setembro com vale-refeição, cesta-básica e adiantamento salarial.

Quitação de pendências

O pagamento do salário, que normalmente era feito no quinto dia útil de cada mês, e dos três valores atrasados, foi acertado na quinta-feira (30), último dia útil de setembro.

Isso será assim, de agora em diante, por solicitação da empresa aos trabalhadores e ao sindicato, porque ela recebe o subsídio da prefeitura no último dia útil do mês.

O vice-presidente do sindicato, José Alberto Torres Simões ‘Betinho’, explica que o salário, antes pago no quinto dia útil do mês subsequente, geralmente com atraso, agora será no último dia útil do mês corrente.

“A empresa cumpriu parcialmente o acordo proposto ao sindicato, na semana passada, e a categoria agora espera a quitação das pendências nos próximos dias”, diz o sindicalista.

No aguardo do pagamento de valores atrasados de férias, horas extras e plano de saúde, o sindicato manterá a categoria mobilizada com seguidos chamamentos da assembleia que está em caráter permanente.

Promessa de solução

Os trabalhadores esperam também a liberação de verbas referentes a vale-refeição por assiduidade e ‘PLR’ (Participação nos Lucros e Resultados), os dois benefícios no retorno de férias.

Segundo Betinho, os atrasos nos benefícios têm sido frequentes, problema que a empresa promete resolver com a transferência do pagamento deles do dia 20 para o dia 30.

O sindicalista explica que a categoria aceitou a mudança porque o salário, por sua vez, será adiantado do quinto dia útil para o último dia de cada mês, num avanço de praticamente sete dias.