A reforma administrativa que o presidente do Sindest reivindica para a primeira metade de 2025, na prefeitura de Santos, não visa apenas melhorar salários do funcionalismo.
Fábio Pimentel almeja também aumentar o efetivo de trabalhadores que está, segundo ele, defasado há muito tempo, prejudicando o atendimento ideal da população.
Sindest é o sindicato dos 11 mil servidores estatutários e 7 mil aposentados do executivo e legislativo. A reforma administrativa voltou a ser tema de sua ‘live’ semanal.
Defasagem generalizada
Foi na noite de segunda-feira (10), quando o sindicalista e o jornalista Willian Ribeiro receberam o pintor lotado na secretaria de saúde Júlio Cruz, com transmissão pelo Facebook, Youtube e Instagram.
O convidado disse que, segundo o portal da transparência, a prefeitura tem apenas 33 pintores nas administrações regionais, nos atendimentos públicos e quatro na saúde.
Júlio esclareceu que, conforme o mesmo portal, a demanda é de 63 profissionais, com déficit, portanto, de 30. E Fábio ponderou que a defasagem de mão de obra é generalizada.
Coração e racionalidade
O sindicalista opinou que, por isso, a reforma administrativa não pode se ater apenas a salários, mas também ao preenchimento das vagas disponíveis em todos os setores.
“A prefeitura deve observar o quadro não com a benevolência do coração, mas com racionalidade. O problema, afinal, acaba atingido os usuários do serviço público”, disse o presidente.
Júlio, por sua vez, lamentou que muitos servidores tenham de fazer ‘bicos’ em trabalhos particulares para aumentar a renda. E garantiu que os salários no mercado são maiores do que na prefeitura.
Cuidados de abalizados
O pintor argumentou que os profissionais são qualificados e que, sem manutenção, feita também por eletricistas, pedreiros e carpinteiros, entre outros, “a engrenagem para”.
Júlio explicou, no caso da saúde, que o pintor precisa saber que tinta usar nas paredes de hospitais, ambulatórios, prontos-socorros e outras unidades de atendimento.
Segundo ele, há produtos específicos para que não se acumulem bactérias nos ambientes. Há locais em que a tinta precisa, por exemplo, ser lavável. Os mesmos cuidados precisam ter outros servidores abalizados.
Colaborar com a direção
O pintor revelou ter sido fácil o acesso à ‘live’, por meio do diretor de comunicação, Daniel Gomes, que o apresentou a Fábio e rapidamente foi agendada sua participação.
“Às vezes a gente pensa que é complicado, mas, na verdade, foi tudo muito tranquilo. Recomendo que a categoria procure o sindicato e ajude a diretoria a acumular força nas lutas”.
Fábio acrescentou que, até o final do ano, espera receber todos os segmentos para programas ao vivo e fazer assim amplo levantamento das condições de trabalho e salariais na prefeitura.
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