A empresa de transporte coletivo Piracicabana atendeu as reivindicações do sindicato dos trabalhadores em transportes rodoviários para a data-base de maio e assim não haverá greve em Santos.
Seus 358 motoristas, 82 operários de manutenção e 28 administrativos, totalizando 468 empregados, terão reajuste salarial de 7,59% e 11,11% nos benefícios, retroativos a maio.
A greve, também contra o anúncio de demissão em massa, foi marcada para a manhã de segunda-feira (26), mas adiada, a pedido da prefeitura e da empresa, que se reuniram ontem (2ª) e hoje (3ª 27).
Os trabalhadores estavam em ‘estado de greve’, que poderia ser deflagrada a qualquer momento. “O desfecho foi fruto de luta sindical e de negociação”, diz o presidente do sindicato, Valdir de Souza Pestana.
Paralisações na semana passada
Na semana passada, após duas paralisações parciais, na segunda-feira (19), o sindicalista intercedeu junto ao prefeito Rogério Santos (PSDB) para que conversasse com a empresa.
Pestana estava preocupado com a intenção da Piracicabana de demitir os quase 500 trabalhadores e ainda por cima pagar as verbas rescisórias em 36 vezes. E por isso insistiu no diálogo da empresa com a prefeitura.
O pessoal estava em ‘estado de greve’ desde 24 de junho. A empresa opera 186 ônibus na cidade e a greve foi aprovada na mesma segunda-feira dos protestos (19), em assembleia na garagem do bairro Jabaquara.
A assembleia atrasou a saída dos veículos em aproximadamente uma hora. Na mesma manhã, a direção sindical espalhou-se pelos pontos finais da cidade e convocou os motoristas para um protesto, na Praça Mauá.
Importância do sindicato
Nesse protesto, diante da prefeitura, 72 ônibus ficaram parados das 10 às 11 horas, quando Pestana e seu vice-presidente, José Alberto Torres Simões ‘Betinho’, discursaram contra as demissões e pelas reivindicações.
O sindicato também conseguiu que a BR Mobilidade, empresa do grupo da Piracicabana, aplicasse os mesmos índices para os trabalhadores das linhas intermunicipais da região, Bertioga e Itanhaém.
A Piracicabana também opera o serviço em Praia Grande, onde as negociações caminham satisfatoriamente. “Tudo isso prova como os sindicatos são importantes para os trabalhadores”, diz Pestana.
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