Por sugestão do presidente do Sindest, Fábio Pimentel, três vereadores apresentaram emenda a projeto de lei do prefeito de Santos, Rogério Pereira (PSDB), sobre a campanha salarial do funcionalismo.
Sindest é o sindicato dos 12 mil servidores municipais estatutários e 6 mil aposentados. Os vereadores são Telma de Souza (PT), Débora Camilo (Psol) e Chico Nogueira (PT).
O projeto, aprovado em primeira discussão nesta quinta-feira (10), prevê reajuste de 10,06% nos salários e benefícios na data-base de fevereiro. E a emenda garante a continuidade das negociações.
Mais de 20%
Fábio e diretores do sindicato procuraram os 21 vereadores, na semana passada e nesta, e explicaram que assembleia da categoria, em 24 de fevereiro, rejeitou a proposta da prefeitura.
Os sindicalistas ponderaram aos parlamentares que a recusa, mesmo diante da defesa da proposta pela diretoria, ocorreu porque as perdas nos últimos três anos ultrapassam 20%.
A diretoria defendeu a proposta, segundo eles, porque ela estabelecia, em documento assinado pelo secretário municipal de gestão, Rogério Custódio, que as negociações continuariam até setembro.
Ocorre que, com a rejeição da proposta, Custódio declarou à imprensa que as negociações estão suspensas. Diante disso, e sabendo que os vereadores aprovariam o projeto, Fábio pediu a eles a emenda.
“Agradecemos a Chico, Débora e Telma por terem atendido nossa sugestão e pedimos que os demais aprovem a emenda na próxima sessão, prevista para terça-feira (15)”, diz o presidente.
Ele agradece também à vereadora Audrey Kleys (PP) e ao colega Paulo Miyasiro (Republicanos) por terem subscrito a emenda. Ele acha que os demais aprovarão a proposta na próxima sessão.
‘Live’ na segunda-feira
Ele espera que, com a aprovação da emenda, a situação se resolva de outra forma. “Só haverá enfrentamento se a administração for intransigente nas negociações”.
O dirigente lembra que, na primeira rodada de negociação, a prefeitura ofereceu 6,79%. Depois, passou para 9% e, posteriormente, 10,06%. “Queremos chegar pelo menos aos 20%”.
Na próxima ‘live’, a partir das 19 horas de segunda-feira (14), o assunto será de novo debatido, com possibilidade de participação da categoria, ao vivo, com perguntas.
Fonte: Sindest