PUBLICADO EM 14 de set de 2022

Rodoviários do Pará fazem paralisação por reajuste salarial integral

Rodoviários do Estado do Pará fazem paralisação por reajuste salarial

Rodoviários do Estado do Pará fazem paralisação por reajuste salarial

Na última quinta-feira (8), o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários em Empresas de Transportes Coletivos de Passageiros de Belém (SINTREBEL) e o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Ananindeua e Marituba (SINTRAM) fizeram uma paralisação em Belém e Ananindeua, no Pará, para reivindicar que as empresas de transporte paguem integralmente o reajuste salarial de 12% previsto em acordo coletivo.

A paralisação começou nas primeiras horas da madrugada, com atos nas portas das garagens e parada de 100% da frota da região metropolitana. Em seguida, os trabalhadores rodoviários organizaram atos em pontos-chave dos municípios.

Repressão policial

Durante uma das manifestações, realizada em um entroncamento da BR-316 em Belém, um dirigente sindical foi agredido por policiais militares. Ele foi levado para uma delegacia, mas não permaneceu detido.

Em nota oficial, a CTB Pará condenou a atitude violenta da Polícia Militar: “A CTB-PA repudia veementemente a postura da polícia militar em agredir e prender trabalhadores grevistas em luta por seus direitos. Exigimos do governo do Pará a imediata apuração dos fatos e a punição dos responsáveis”.

Empresas descumprem acordo coletivo

A data-base da categoria venceu em maio, quando um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) com mediação da Justiça do Trabalho e presença do Ministério Público (MP) e de representantes do setor patronal garantiu reajuste salarial de 12%. Deste percentual, 5% começaram a ser pagos a partir do dia 1º de maio. Já os 7% restantes, condicionados a desoneração do ICMS e da taxa de gerenciamento municipal, ainda não foram pagos.

O acordo foi conquistado pelos rodoviários após sua última greve, ocorrida em abril. “Pedimos que a Justiça do Trabalho e o Ministério Público façam cumprir o que foi acordado”, declara Ewerton Paixão, presidente do SINTREBEL.

Huelen Ferreira, presidente do SINTRAM, afirma que as empresas de transporte têm sido intransigentes com os trabalhadores. “Vamos acionar os municípios e empresas para garantir o pagamento. O trabalhador não pode ficar com esse prejuízo, pois o reajuste já foi conquistado”, defende.

Ewerton é categórico: “Caso as demandas dos trabalhadores não sejam atendidas, organizaremos novos protestos e paralisações”.

CTB marca presença

“A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) esteve presente nas atividades e greves da campanha salarial em maio e agora se soma e solidariza com a paralisação dos rodoviários lideradas pelo SINTREBEL e SINTRAM, nossos sindicatos filiados, para garantir o cumprimento dos 12% de reajuste salarial. A patronal e os governos devem cumprir o negociado!”, reforça Cleber Rezende, presidente da CTB Pará.

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