Os frentistas venceram mais um round nesta quarta (17), na Câmara dos Deputados, em defesa dos 500 mil empregos da categoria.
O partido Novo recuou, evitando fosse votado, na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, o parecer de Augusto Coutinho (SD-PE) sobre o PL 2.302/19, do deputado Vinícius Poit (Novo-SP). O relatório é contrário ao Projeto.
Esse PL revoga a Lei 9.956/2000 e permite bombas de autosserviço operadas pelo próprio consumidor. Qual o problema? Muitos. O principal é demissão de cerca de 500 mil frentistas.
Alerta – As lideranças estão mobilizadas. Quarta, entre outros dirigentes, atuaram em Brasília Eusébio Pinto Neto, presidente da Federação Nacional (Fenepospetro), e Luiz Arraes, Federação de SP (Fepospetro). Eusébio avalia: “O recuo do Novo não vai nos desmobilizar. Brasília está imprevisível. Matéria retirada hoje pode voltar à pauta amanhã cedo”.
O assessor parlamentar André dos Santos (Diap) acompanha de perto esse Projeto e outros, de interesse dos trabalhadores. Ele elogia: “Coutinho não só apresentou o relatório como fez a defesa de sua posição”. Para André, o ideal seria o arquivamento do PL.
MBL – Quem acendeu o estopim do desemprego foi o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), por Emenda à Medida Provisória 1.063/2021. Ele quer anular a Lei de 2000, sancionada pelo presidente FHC após intensa mobilização da categoria e articulação dos dirigentes e de seus aliados no campo sindical e parlamentar.
Base – Além da atuação em Brasília, dirigentes frentistas dialogam com parlamentares em suas bases. A Comissão de Desenvolvimento Econômico tem 11 titulares e seus suplentes.
Fonte: Agência Sindical