O bloco decidirá nesta quarta (16) se implementa salvaguardas para reduzir a importação de produtos de aço. A expectativa é que sete itens fabricados no Brasil sejam afetados.
“A situação [da siderurgia] é exatamente igual à nossa. Há uma sobreprodução mundial, e os grandes compradores buscam se fechar”, diz Milton Rego, presidente-executivo da Abal (Associação Brasileira do Alumínio).
“Assim como no aço, não somos o principal fornecedor de alumínio da União Europeia, mas, com as cotas, quem vende a eles passará a procurar e pressionar outros mercados não protegidos”, afirma.
Em um momento em que o protecionismo é adotado por um número cada vez maior de países, o Brasil tem priorizado a discussão sobre abertura comercial, de acordo com o executivo.
O setor privado, porém, não tem ainda uma estratégia definida para rebater possíveis restrições no exterior, nem conversou com o novo governo sobre o tema, segundo Rego.
“O que temos feito é analisar e monitorar a entrada de produtos de alumínio no país. Vários chegam com preço abaixo do custo do mercado internacional”, afirma.