Começou nesta quinta-feira (16) a segunda fase de testes dos respiradores de baixo custo desenvolvidos por um grupo de engenheiros da Escola Politécnica (Poli) em parceria com a Faculdade de Medicina, ambos da Universidade de São Paulo (USP).
Os respiradores serão testados diretamente em pacientes com coronavírus internados no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP (Incor) e ficarão ligados 24 horas por dia. Até então, os testes mantinham ligados os equipamentos apenas três horas por dia.
Segundo o professor Marcelo Zuffo, um dos coordenadores do projeto, 40 pacientes passarão pela segunda fase de testes do equipamento, batizado de Inspire.
Na coletiva de imprensa do governo estadual de quarta-feira (15), o diretor da divisão de pneumologia do Incor, Carlos Carvalho, adiantou que essa segunda fase de testes deve ser concluída nas próximas três ou quatro semanas. Depois, serão feitos os ajustes, caso necessário, e a partir daí, os ventiladores poderão ser utilizados em larga escala.
Carvalho acrescentou que os respiradores mecânicos são fundamentais para equipar as Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) e salvar vidas.
O aparelho foi criado dentro de 4 meses por uma equipe de 200 pesquisadores para suprir a necessidade de respiradores durante a pandemia de coronavírus. Cerca de 800 doadores contribuíram com cerca de R$ 7 milhões para o desenvolvimento do projeto.
O respirador pode ser fabricado em 2 horas e custará entre R$ 5 mil e 10 mil. Os aparelhos comerciais mais baratos chegam a custar R$ 250 mil. A fabricação será feita pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), que é ligado à USP. A universidade poderá produzir 10 respiradores por dia e os respiradores serão doados pela USP a hospitais filantrópicos e que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte: G1 e Fotos Públicas
Fotos: Governo de São Paulo