Luta que originou o Dia do Trabalhador, no episódio que levou ao enforcamento os mártires de Chicado, Augusto Spies, Adolf Fischer, George Engel e Albert Parsons.
A articulista vende a ilusão de que foi o empresário Henry Ford que implementou, por sua perspicácia, a redução de jornada e a valorização salarial em suas fábricas, quando as lutas dos trabalhadores, depois de sofrer muita repressão e violência, já tinham avançado em acordos sobre o assunto.
A matéria também induz ao erro ao citar negativamente os sindicatos e o ministro Luiz Marinho. Ao contrário do que diz o texto, Marinho incentiva a redução de jornada através das negociações coletivas. Marinho tem tanta razão, baseado, na história que as lutas dos anos 80 do século passado nas negociações por empresas e nas convenções por categoria (e greves) é que chegamos na Constituinte de 1988 e, inscrevemos a redução de 48 para 44 horas na nova Constituição.
Só com a garantia do trabalho com registro em carteira, com o fortalecimento dos sindicatos e do Ministério do Trabalho, medidas como a redução da jornada e outras, como a valorização salarial e a equidade de gênero, sairão do papel e das redes sociais para se tornarem realidade na vida dos trabalhadores.
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João Carlos Goncalves, metalúrgico, secretário geral da Força Sindical