Hoje o Brasil tem a maior taxa de juros praticada no mundo, 13,75% a.a., uma taxa de juros que segundo as lideranças sindicais é abusiva, exorbitante e que trava o crescimento do país.
Diante deste cenário, mais uma vez, as centrais sindicais realizaram um ato, com o intuito de alertar a sociedade e sensibilizar os membros do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC que se reúnem hoje e amanhã para definir a nova taxa Selic.
Diversas categorias, entre as quais, metalúrgicos, borracheiros, eletricitários, alimentação comerciários e transporte rodoviário, participaram da mobilização, realizada defronte a sede do Banco Central (BC), na Avenida Paulista.
Redução dos juros para acelerar crescimento do País
As lideranças foram unânimes ao criticar a chamada autonomia e independência do BC, com o comando de Campos Neto, sobretudo porque coloca em risco o momento de retomada do crescimento que atualmente vive o país.
João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força Sindical ressalta que não podemos aceitar essa política de juros altos do BC, que derruba a atividade econômica, deteriora o mercado de trabalho e a renda.
Daniel Bispo Calazans, secretário-geral da CUT São Paulo, parabenizou as centrais por mais uma vezes demonstrar unidade de ação para mudar os rumos do Brasil em direção ao desenvolvimento.
“O Campos Neto tem atuado de maneira contundente para sabotar o crescimento da economia do País na contramão das políticas do governo para alavancar a economia do nosso País”, alertou.
Juros altos inibem geração de empregos
“Juros altos significam aumento do desemprego e diminuição da capacidade de consumo das famílias, da mesma forma que reduzem a confiança e os investimentos dos empresários, comprometendo a capacidade de crescimento econômico”, alerta.
O presidente da FITIASP – Federação Independente dos Trabalhadores da Alimentação do Estado de SP, Paulo Viana (Paulão), ressaltou que a pauta da redução do juros é de interesse não só dos trabalhadores, mas de toda a sociedade.
“Queremos a imediata redução dos juros, tendo em vista que juros altos inibem a produção, o crescimento e a geração de empregos com qualidade”.
“O governo trabalha para reduzir os juros e o movimento sindical tem protagonismo nesse momento, afim de aumentar o consumo, valorizar o trabalho e distribuir renda”.
Maior taxa de juros do mundo
O vice-presidente da CTB, René Vicente dos Santos, disse que o movimento sindical vai continuar denunciando a política nefasta do presidente do BC, Campos Neto.
“A economia tem dado sinais de melhora e o BC deve aproveitar o momento favorável para baixar a taxa de juros e contribuir para acelerar a recuperação da economia do país.”
“É inaceitável termos a maior taxa de juros praticada no mundo”, completou o sindicalista.