Entre a POF 2008-2009 e a edição mais recente da pesquisa (2017-2018), segundo pesquisa divulgada hoje (23) pelo IBGE, houve redução na perda de qualidade de vida da população. Porém, na análise por cor ou raça, a pesquisa constatou desigualdades. Nas duas edições da pesquisa, o Índice de Perda de Qualidade de Vida (IPQV) era maior para os domicílios em que a pessoa de referência era preta ou parda, ou seja, havia mais privação de elementos que garantem melhor qualidade de vida para esses grupos. Quando a pessoa de referência da família era mulher, o IPQV foi maior nas duas edições da pesquisa.
Qualidade de vida desigual
A pesquisa também constatou que as perdas na qualidade de vida caem à medida que aumenta a idade da pessoa de referência. Nas famílias em que a pessoa de referência tinha 65 anos ou mais, os valores para o IPQV foram menores que os dos demais grupos de idade.
Outra observação da pesquisa é a de que quanto maior era o nível de instrução da pessoa de referência da família, menores as perdas representadas pelo indicador.
Já entre as grandes regiões, o Norte (0,223) e o Nordeste (0,207) apresentaram as maiores perdas, acima do IPQV nacional. Enquanto o Sul (0,114) e o Sudeste (0,126) tiveram valores inferiores à média nacional, o Centro-Oeste (0,158) registrou um IPQV muito próximo ao do país (0,157).