Em assembleia realizada no último dia 21, os pesquisadores e técnicos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), localizado na cidade de São Paulo, aprovaram estado de greve no IPT a partir de 30 de agosto.
O movimento é motivado pela postura do governo estadual na negociação coletiva deste ano. A data-base da categoria é em março e a pauta reivindicatória foi protocolada em dezembro.
No entanto, até o momento, a gestão do governador Tarcísio de Freitas não apresentou qualquer contraproposta.
De acordo com o SINTPq (Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Ciência e Tecnologia), foi estabelecido um prazo de sete dias para que o governo estadual se manifeste.
Os profissionais que aprovaram a greve no IPT paralisarão suas atividades por tempo indeterminado, caso não haja contraproposta formalizada até 30 de agosto.
O sindicato também está promovendo uma campanha pelas redes sociais, na qual convida os trabalhadores a enviarem a seguinte mensagem nos perfis do governador e do governo estadual:
“Sr. Tarcísio de Freitas, governador do Estado de São Paulo. Sou trabalhador(a) do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – IPT e venho por meio deste canal fazer chegar ao seu conhecimento que estamos aguardando há meses um posicionamento da CPS (Comissão de Política Salarial) para o desfecho de nossa campanha salarial 2023/2024. Exigimos respeito aos funcionários do IPT e a formalização de uma contraproposta digna, que atenda nossas reivindicações.”
Motivo da greve no IPT: Descaso e desrespeito
A diretora do SINTPq e pesquisadora do IPT, Priscila Leal, afirma que o governo estadual manifesta total descaso com os profissionais do instituto.
De acordo com Priscila, a população paulista é beneficiada com as diversas pesquisas conduzidas no IPT e, dessa forma, a postura do governo paulista prejudica toda a população.
Priscila diz ainda que a falta de uma resposta clara e efetiva por parte do governo é um completo desrespeito não apenas com esses trabalhadores e suas famílias, porém com toda a sociedade.
“A postura do governo de São Paulo atinge também a sociedade que depende dos resultados e contribuições do instituto”, afirma.
“Os profissionais do IPT não podem seguir sofrendo com esse tratamento desrespeitoso”, ressalta a líder sindical.
Os profissionais do IPT exigem, em suas reivindicações encaminhadas em dezembro, reajuste conforme o IPC-FIPE mais 5% de aumento real nos salários e benefícios.
A categoria também cobra a implementação do Programa de Participação nos Resultados e melhorias de cunho social.
“O governo precisa implementar políticas de saúde mental, ampliação da licença paternidade, ações voltadas para as mulheres trabalhadoras, entre outras”, explica.
Sobre o IPT
O IPT é um instituto vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de SP. Atua há mais de 120 anos com seus laboratórios e pesquisadores em quatro grandes áreas:
- inovação, pesquisa e desenvolvimento;
- serviços tecnológicos;
- desenvolvimento e apoio metrológico e
- informação e educação em tecnologia.
Com informações do Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Ciência e Tecnologia de SP (SINTPq)
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