PUBLICADO EM 02 de maio de 2019
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Profissionais da Educação preparam greve nacional dia 15

Os professores serão duramente prejudicados pela reforma da Previdência, caso a PEC 6/2019 acabe aprovada. A Proposta de Bolsonaro/Guedes é considerada uma agressão ao professorado, que reage. Para tanto, a categoria anuncia greve nacional dia 15 de maio.

Foto: Arquivo

MALDADES – Presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e deputada estadual pelo PT-SP, Maria Izabel Azevedo Noronha (Bebel) relaciona as principais maldades contra os profissionais. São elas: “O texto da reforma equipara a idade mínima entre professores e professoras em 60 anos. Acaba com a progressão continuada. Liquida com a aposentadoria especial. É um desastre!”, aponta.

CNTE – A secretária-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Fátima Ap. da Silva, afirma que a categoria já está mobilizada. “Todos os profissionais sabem da gravidade dessa reforma. Se ela ataca profundamente as aposentadorias dos trabalhadores, o que dizer das trabalhadoras? Nós mulheres seremos muito prejudicadas. Nossa categoria é majoritariamente feminina. Já estamos fazendo manifestações por todo o Brasil, a fim de organizar a paralisação”, afirma.

Fátima completa: “Onde não houver greve, haverá aulas a céu aberto, seminários, audiências em Câmaras de Vereadores e Assembleias Legislativas. Estaremos todos, de alguma forma, protestando contra a reforma”.

A proposta corta direitos de professores da educação básica e de também dos técnicos administrativos das escolas privadas, bem como dos que se socorrem da assistência social – e não há privilegiados nestes segmentos.

A reforma é especialmente cruel com as professoras. Para as que comprovarem tempo de trabalho exclusivamente na educação infantil e ensino fundamental e médio haverá idade mínima de 60 anos para a aposentadoria.

Contee – Para Madalena Guasco Peixoto, coordenadora da Secretaria-Geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino, é absurdo o que o governo propõe. “Hoje, a professora se aposenta aos 50 anos de idade, com no mínimo 15 de contribuição. Se a PEC passar, terão de trabalhar até os 60 anos com mais 30 de contribuição no magistério. Se for servidora, terá de adicionar dez anos de serviço público e mais cinco no cargo. Ou seja, querem acabar com os educadores”, ressalta.

Madalena continua: “Por isso é muito importante todos se unirem no dia 15 de maio. Iremos mostrar força, pois a nossa categoria está consciente daquilo que está por vir. Nós estamos em contato também com as escolas católicas. A CNBB já se posicionou de forma contrária a essa reforma. Estamos negociando para que elas participem também”.

Ao todo, as duas Confederações reúnem cerca de 6 milhões de profissionais ligados à educação e cultura.

Mais informações: www.cnte.org.br e www.contee.org.br

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