MALDADES – Presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e deputada estadual pelo PT-SP, Maria Izabel Azevedo Noronha (Bebel) relaciona as principais maldades contra os profissionais. São elas: “O texto da reforma equipara a idade mínima entre professores e professoras em 60 anos. Acaba com a progressão continuada. Liquida com a aposentadoria especial. É um desastre!”, aponta.
CNTE – A secretária-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Fátima Ap. da Silva, afirma que a categoria já está mobilizada. “Todos os profissionais sabem da gravidade dessa reforma. Se ela ataca profundamente as aposentadorias dos trabalhadores, o que dizer das trabalhadoras? Nós mulheres seremos muito prejudicadas. Nossa categoria é majoritariamente feminina. Já estamos fazendo manifestações por todo o Brasil, a fim de organizar a paralisação”, afirma.
Fátima completa: “Onde não houver greve, haverá aulas a céu aberto, seminários, audiências em Câmaras de Vereadores e Assembleias Legislativas. Estaremos todos, de alguma forma, protestando contra a reforma”.
A proposta corta direitos de professores da educação básica e de também dos técnicos administrativos das escolas privadas, bem como dos que se socorrem da assistência social – e não há privilegiados nestes segmentos.
A reforma é especialmente cruel com as professoras. Para as que comprovarem tempo de trabalho exclusivamente na educação infantil e ensino fundamental e médio haverá idade mínima de 60 anos para a aposentadoria.
Contee – Para Madalena Guasco Peixoto, coordenadora da Secretaria-Geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino, é absurdo o que o governo propõe. “Hoje, a professora se aposenta aos 50 anos de idade, com no mínimo 15 de contribuição. Se a PEC passar, terão de trabalhar até os 60 anos com mais 30 de contribuição no magistério. Se for servidora, terá de adicionar dez anos de serviço público e mais cinco no cargo. Ou seja, querem acabar com os educadores”, ressalta.
Madalena continua: “Por isso é muito importante todos se unirem no dia 15 de maio. Iremos mostrar força, pois a nossa categoria está consciente daquilo que está por vir. Nós estamos em contato também com as escolas católicas. A CNBB já se posicionou de forma contrária a essa reforma. Estamos negociando para que elas participem também”.
Ao todo, as duas Confederações reúnem cerca de 6 milhões de profissionais ligados à educação e cultura.
Mais informações: www.cnte.org.br e www.contee.org.br