Quinta (18), a ex-deputada estadual falou ao jornalista João Franzin, na live dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região. Tema: Violência contra as Mulheres. Ela orienta: “Reaja à primeira agressão, ainda que seja um grito ou soco na mesa. O feminicídio começa numa agressão aparentemente menor”. A live integra as ações do Março-Mulher, pelo Depto. Feminino do Sindicato.
Trechos da entrevista:
Início – Agosto de 1985. Ou seja, há 35 anos. A Delegacia surgiu da luta das próprias mulheres, que reivindicaram ao governador Franco Montoro um espaço diferenciado. A mulher era agredida e quando ia à delegacia comum era mal recebida. Primeiro dia havia mais de 500 aguardando na fila.
Grite – Está sendo vítima? Grite! Algum vizinho com bom senso vai ligar pro 190. Foi vítima e não pode sair? No dia seguinte, vá à Delegacia e faça a denúncia.
X vermelho – São as várias maneiras pra atender a mulher. Tem aplicativo de celular etc. O X vermelho é assim: Tá na farmácia, ele está do seu lado, mostre a palma da mão com o X pra atendente e ela saberá que você é vítima; e vai chamar viatura ao local.
Terceiros – Inclusive pessoas da família podem fazer queixa na Delegacia. A agredida não está lá porque quer. Se ouvir alguém pedir socorro, liga no 190. Pode se identificar. Importante é que naquela hora você pode salvar uma vida.
Medidas – A agredida pode pedir medida protetiva. A autoridade policial fará solicitação ao juiz. Você pode acionar o App e a viatura próxima vai atender a ocorrência.
Feminicídio – Grupo de deputadas verificou que ocorriam muitas mortes. E tudo entrava no homicídio. A lei que criou o feminicídio alterou o Código Penal. Esse crime contra mulher é considerado hediondo. Tem o Artigo 121, homicídio, e logo abaixo o feminicídio.
Pandemia – Teve grande aumento na violência. Feminicídio também aumentou. Num primeiro momento, preste atenção na violência psicológica. Ao primeiro sinal, procure ajuda. Não deixe chegar ao extremo.
Trabalho – Assédio sexual ocorre por hierarquia. Começa com cantadas. Procure o RH da empresa e comunique por escrito. Molestação sexual é crime. Deve ser informada também à Polícia.
Deputado – Na Assembleia Legislativa do Estado, um deputado molestou uma parlamentar. Na frente das câmeras. Mas a Comissão formada aliviou a situação dele – deu suspensão de 119 dias. Se eu fosse deputada, votaria pra perder o mandato.
Dano moral – É cabível indenização à mulher que sofre agressão. A Justiça já concedeu vários ganhos.
Apoie – Peço aos homens que se juntem a essa luta.
Contatos – Facebook: Rosmary Correa. E-mail: rosepol@uol.com.br.
ASSISTA – Clique aqui e assista na íntegra.
Fonte: Agência Sindical