A previsão está um pouco acima da estimativa do mercado financeiro, que é 1,55%. Essas projeções têm sido reduzidas pelas instituições financeiras nas últimas semanas.
Segundo o Banco Central, a revisão na estimativa ocorreu devido ao “arrefecimento” da atividade econômica no início do ano, a acomodação dos indicadores de confiança de empresas e consumidores e a perspectiva de impactos da greve dos caminhoneiros no final de maio.
Crescimento por setores
A estimativa para o crescimento da agropecuária subiu para 1,9%, ante estimativa de recuo de 0,3% em março, após crescimento anual de 13% em 2017 – o melhor resultado já registrado.
“A melhora na projeção se deve a resultado acima do esperado no primeiro trimestre e a sequência de elevações nos prognósticos para a produção agrícola anual”, diz o relatório do BC.
Já a projeção para o desempenho da indústria foi revista de 3,1% para 1,6%. Para o setor de comércio e serviços, a estimativa de expansão ficou em 1,3%, ante 2,4% na projeção de março.
Demanda de consumo
A estimativa para o crescimento do consumo das famílias foi revista de 3% na projeção de março, para 2,1%, “compatível com uma recuperação mais lenta da massa salarial, resultado da redução no ritmo de crescimento dos rendimentos e da população ocupada”.
A projeção para o crescimento dos investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo – FBCF) permaneceu estável (4,0% ante 4,1% na projeção de março).
O consumo do governo deverá recuar 0,2%, ante estimativa de crescimento de 0,5% em março, “consistente com expectativa de piora na arrecadação dos governos em cenário de crescimento econômico menor do que o previsto no Relatório de Inflação de março”.
As exportações e as importações de bens e serviços devem variar 5,2% e 6,4% em 2018, ante projeções respectivas de 4,9% e 6,8% no Relatório de Inflação de março.
“A ligeira elevação na projeção para as exportações reflete o desempenho melhor do que o esperado no primeiro trimestre e as revisões em prognósticos para safras agrícolas de produtos importantes da pauta de exportação”, diz o Banco Central.
O volume de importações foi reduzido por conta da alta do dólar e do crescimento “mais modesto” da indústria e do consumo das famílias.
Fonte: Agência Brasil