No dia 01 de fevereiro, os professores de Fortaleza, conduzidos pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute), ocuparam a Câmara Municipal em protesto pelo reajuste salarial de 10,09%.
Pressão por reajuste
A mobilização coincidiu com a abertura dos trabalhos legislativos, que contou com a participação do prefeito José Sarto.
A cerimônia atrasou e foi completamente reformulada por conta do ato público dos trabalhadores.
O presidente, Wil Pereira; o secretário de administração, Emanuel Lima, e a secretária de cultura Gardênia Baima representaram a CUT Ceará.
Visivelmente constrangidos, prefeito e vereadores da base aliada do gestor ouviram palavras de ordem como:
“Professor na rua, prefeito a culpa é sua” e “Vereador, presta atenção, tenha vergonha e defenda a educação”.
O Ato na Câmara dos Vereadores marcou assim a maior mobilização já vista no parlamento municipal.
Além do aumento salarial, os milhares de profissionais da educação exigem:
- o fim do desconto de 14% nos salários dos aposentados e
- o pagamento do precatório do antigo Fundef, pendente desde 2015.
Outras reivindicações incluem a garantia de direitos iguais para os docentes aprovados no concurso de 2022, que perderam os benefícios dos anuênios e da licença-prêmio.
Os profissionais também demandam:
- a inclusão dos funcionários de escola no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da Educação,
- a aplicação da CLT para os professores substitutos, e
- a realização de concursos públicos para professores, técnicos, supervisores e orientadores.
Vereador ofende professores
Durante a sessão solene, o vereador Inspetor Alberto, em desacordo com a manifestação da categoria, proferiu insultos aos professores, chamando-os de “vagabundos”.
Ana Cristina Guilherme, presidenta do Sindiute, presente no plenário, enfrentou os ataques do parlamentar e foi alvo de ofensas.
A vereadora Ana Paula Brandão, que liderava protesto da enfermagem, também sofreu ofensas.
Em meio a situação, a sessão foi suspensa pelo presidente da Casa, Gardel Rolim.
Calendário da luta
O calendário de paralisações está previsto até sexta-feira, 02/02, quando está agendada uma nova reunião de negociação com o prefeito José Sarto.
Uma nova assembleia também será realizada na sexta-feira para avaliar os resultados da reunião com o município.
Apesar de hoje ser o terceiro dia letivo, as escolas permanecem paradas devido à mobilização dos educadores.
Fonte: CUT
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