O presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, defendeu nesta terça-feira (19/10) que as vítimas da pandemia da Covid-19 no país sejam protegidas. A manifestação de Pigatto ocorreu nesta manhã, durante a comissão geral que debateu políticas públicas em apoio e defesa dos direitos das vítimas de Covid-19. O evento ocorreu de forma semipresencial, no Plenário Ulysses Guimarães da Câmara dos Deputados, e reuniu, além de representantes de entidades, familiares de vítimas da pandemia.
“Precisamos proteger as pessoas que foram vítimas da Covid-19, o SUS precisa ser fortalecido, precisamos acabar com a EC 95, precisamos fazer tramitar a PEC 36 no Senado Federal e precisamos, em memória daqueles que perdemos, pela tristeza, pela dor e pelo sofrimento não deixar que sejam esquecidas as vítimas da Covid-19”, afirmou Pigatto.
A PEC 36/2020 determina que a lei do plano plurianual estabeleça as metas da administração pública federal para despesas primárias. Exclui determinadas despesas do teto de gastos nos anos de 2021 e 2022, a fim de induzir a recuperação da economia e reduzir os impactos sociais da crise.
A audiência foi conduzida pelo deputado federal deputado Pedro Uczai, autor do requerimento que pediu a reunião. O encontro foi apoiado por outros 15 parlamentares de diversos partidos (PDT, PCdoB, PSB, Psol, PSD, Podemos, PSDB e MDB). A ideia dos parlamentares é discutir políticas públicas de saúde, assistência, Previdência Social, memória, verdade, Justiça e educação necessárias à efetivação de direitos das vítimas da pandemia.
Além de representantes de entidades, a audiência contou com a presença de familiares de vítimas da Covid-19, que estão em Brasília para acompanhar a leitura do relatório da CPI da Pandemia no Senado, que será realizada nesta quarta (20/10). Desde o começo dos trabalhos do colegiado, em abril deste ano, o CNS colaborou com a entrega de documentos que subsidiaram as análises dos parlamentares.
“Perdemos também amigos, pessoas queridas, conselheiros e conselheiras de saúde em todo o brasil. Atuamos fortemente pela criação da CPI no Senado, subsidiamos com documentos, documentos esses que se tivessem sido levados em consideração pelo governo federal com certeza não teríamos a situação calamitosa e criminosa desse país que estamos vivenciando em todo o Brasil”, afirmou Pigatto.
Fonte: Ascom CNS