PUBLICADO EM 04 de jul de 2023
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Presidente da Fenaj defende protocolo de segurança para jornalistas

presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) disse aos membros do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional que é preciso aprovar um protocolo de segurança

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

A presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Samira de Castro, defendeu protocolo de segurança para jornalistas. Ela disse aos membros do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional que é preciso aprovar um protocolo de segurança para a categoria e federalizar os crimes que ocorrerem.

Na audiência sobre a violência contra jornalistas, Samira de Castro disse que foram identificados 376 ataques em 2022. Ela explicou que o maior tipo de ataque contra os jornalistas durante o período foi o descrédito aos profissionais por autoridades. “Para alguns pode parecer que a descredibilização se confunda com crítica ao jornalismo. Mas não é, é mais grave. Porque nega todos os fundamentos da atividade jornalística.”

Além do descrédito ao trabalho, houve ameaças, censuras e agressões físicas. Muitas agressões ocorridas na cobertura de manifestações de rua. O assassinato do jornalista britânico Dom Phillips, em junho do ano passado, também está incluído no levantamento. Ele trabalhava em uma reportagem sobre a situação dos indígenas no Vale do Javari, no Amazonas.

Para Samira, é preciso melhorar a organização da profissão, aprovando a proposta que retoma a obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo (PEC 206/12), em discussão na Câmara. Segundo ela, há uma emissão indiscriminada de registros, inclusive para menores de idade. Ela citou ainda a necessidade de criar um conselho profissional para analisar questões éticas.

Constrangimento

A diretora do Instituto TornaVoz, Taís Gasparian, ressaltou a “violência processual” contra jornalistas, que seria o uso de processos judiciais como forma de constranger a atividade.

“O objetivo daqueles que entram com esses processos não é ganhar o processo e ser indenizado pela sua honra, ter algum tipo de reparação. Mas desviar a atenção e a energia do profissional como uma estratégia para abafar as críticas que são legítimas.”

Taís Gasparian defendeu ainda que os processos relacionados à defesa da honra deixem a esfera criminal para serem analisado pela justiça civil.

A conselheira Bia Barbosa lembrou que a entidade Repórteres Sem Fronteiras monitorou, durante as eleições gerais do ano passado, as redes sociais de 120 jornalistas e verificou um comentário ofensivo ou ameaçador a cada três segundos.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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