PUBLICADO EM 17 de set de 2018
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Porque um tempo ocioso é bom para você

Preguiça é uma arte perdida. Eu não quero dizer preguiça no sentido de preencher cada momento com distrações irracionais. Eu quero dizer ociosidade adequada, quando nós escolhemos fazer nada.

Eu sou uma pessoa preguiçosa. Isso surpreende algumas pessoas, especialmente considerando que eu escrevo livros sobre produtividade para viver. Tirar um dia de folga, por exemplo. Esquecer aventuras – minha preferência para esse tempo livre é deitar no sofá, assistir documentários no Netflix e ler. E uma semana de folga? Eu sou o tipo de pessoa que prefere ficar em casa e comer pizza, do que viajar pelo mundo. Para minha sorte, essa preguiça é precisamente o que me faz tão produtivo. E isso é um fato apoiado pela ciência.

Preguiça é uma arte perdida. Eu não quero dizer preguiça no sentido de preencher cada momento com distrações irracionais. Eu quero dizer ociosidade adequada, quando nós escolhemos fazer nada. Num mundo de constante distração, nós raramente colocamos nossos pés mentais para cima. Ao invés, nós passamos nosso tempo livre saltando entre novas distrações – indo de checar nosso e-mail, para ler as notícias, a surfar no Facebook, e daí por diante – atividades que frequentemente nos fazem mais cansados.

Em qualquer momento, nossa atenção está ou focada, ou desfocada. O foco recebe toda a atenção – é isso que nos faz deixar o trabalho feito, ter conversações com significado, e mover nossas vidas para frente. Mas como acontece, a pesquisa mostra que ficar sem foco é tão poderoso, embora de maneiras diferentes. Enquanto focar nos faz mais produtivos, ficar sem foco nos faz mais criativos.

Pense em seu último insight criativo – chances há de que isso não aconteceu quando você estava focado em alguma coisa. De fato, você provavelmente não estava focado em muito, absolutamente. Você devia estar tomando um banho extralongo, caminhando, visitando um museu, lendo um livro, ou relaxando na praia com um drink ou dois. Talvez você estivesse tomando seu café matinal. Então, como um flash de luz, você teve uma ideia brilhante.

Há uma razão porquê seu cérebro escolhe esse momento para conectar essas ideias rodopiantes. Quando nossa atenção está em descanso – como durante turnos de ociosidade ou preguiça – nossa mente vagueia para lugares fascinantes. Um estudo, que periodicamente apresentou amostras dos pensamentos das pessoas, enquanto suas mentes estavam vagando, confirmou isso. Os lugares para os quais a nossa mente vagueia inclui o futuro (48% do tempo), o presente (28%), e o passado (12% do tempo). Para o tempo que resta, nossa mente é tipicamente maçante ou em branco. As percentagens exatas não importam muito – ao invés, vale a pena destacar que esse vagar não é tão improdutivo, quanto nós podemos pensar.

Uma mente ociosa nos permite fazer três coisas críticas:

1 – Descansar. Quando nossa atenção está em descanso, nós estamos descansando. Quando nós escolhemos deixar nossa mente vagar – eu chamo esse estado de mente vagando deliberadamente de “foco disperso” – quando nós não temos que regular nossa atenção. Esse faz o modo energia-restaurativa, que nos ajuda a focar mais profundamente mais tarde. Para estender esses benefícios energéticos, ajuda fazer algo prazeroso, sem esforço e habitual, enquanto você descansa sua atenção, tal como investir num hobby criativo, correr sem música, ou andar para buscar um café sem seu telefone para distrair você. Fazer algo habitual também tem se mostrado nos levar para mais insights criativos.

2 – Planejar. Pesquisa mostra que nós pensamos sobre o futuro 14 vezes mais frequentemente quando nossa atenção está dispersa, comparado com o tempo em que estamos focados. Nós também pensamos sobre nossos objetivos de longo prazo sete vezes mais frequentemente quando nossa atenção está em descanso. Agir sobre esses objetivos é outra questão, naturalmente, mas preguiça estratégica nos permite definir intenções e recordar nossos objetivos em primeiro lugar.

3 – Desenterrar ideias. Nossa mente vagante conecta todos os três destinos mentais: o passado, o presente e o futuro. Isso nos permite experimentar significativamente mais insights criativos do que quando estamos em estado focado. Por exemplo, você pode recordar uma ideia que você leu poucas semanas atrás e conecta-la em como resolver uma atual situação no trabalho. Nossas ideias mais intuitivas, cheias de insights veem quando nós estamos desfocados.

As melhores táticas de produtividade são as que, para cada minuto que nelas investimos, nós fazemos esse tempo de volta e, em seguida alguns – eles nos permitem realizar aquele muito mais, e trabalhar aquele muito mais eficientemente. Eu incluo a preguiça nessa categoria. Quando nós estamos ociosos, não parece que estamos fazendo muito. Mas mentalmente, o exato oposto é verdadeiro.

As chances são que você deve ser preguiçoso mais frequentemente. Seja para dar ao seu cérebro um descanso, cavar ideias cheias de insights, ou tramar planos futuros, às vezes a melhor maneira de fazer essas coisas acontecerem é não fazer absolutamente nada.

Fonte Chris Bailey para time.com

Traducao Luciana Cristina Ruy

 

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  • Hermes Dagoberto

    Gostei do assunto de sua publicação, gostaria de ver se é pertinente de divulgar em meu site: link acima.

    Sds.

    Hermes

  • rita de cassia vianna gava

    Como meditar

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