A Polícia Federal (PF) resgatou oito trabalhadores em condições análogas à escravidão em fazendas localizadas no Acre. A Operação Claver ocorreu entre a última segunda-feira (7) e esta sexta-feira (11) e foi realizada em conjunto com o Ministério Público do Trabalho (MPT) em Rondônia e no Acre e pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Os órgãos receberam denúncias sobre trabalho escravo no Acre, situação vivida pelos trabalhadores nas propriedades, que passam pelos municípios de Sena Madureira e Manoel Urbano. Segundo a PF, os trabalhadores foram encontrados sem equipamentos, primeiros socorros e sem água potável. A comida e a moradia eram precárias, com jornadas exaustivas e sem formalização de documentos trabalhistas.
Os proprietários das terras foram autuados pelo descumprimento de normas trabalhistas. A pena prevista para o crime de redução à condição análoga à de escravo é de oito anos de reclusão e multa, além da pena correspondente à violência.
De acordo com a PF, a operação de combate ao trabalho escravo no Acre foi batizada em alusão a S. Pedro Claver, missionário espanhol protetor dos escravos e que viveu no século 16.
Fonte: Com Agência Brasil
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“Maioria dos trabalhadores têm carga horária de mais de 12 horas diárias”, afirma o vice-presidente do Sindaves, Sérgio Bolzan.
Além disso, o Sindaves afirma que 15 trabalhadores indígenas foram encontrados em situação análoga à escravidão. Em resposta, a Seara afirmou que exigiu que o fornecedor cumprisse todas as regras trabalhistas assim que soube do caso.
As empresas terceirizadas citadas no processo são a Auto Fossa Raposão, Emanuel Apanha de Aves e o Grupo Domingues Movimentadora de Aves. Clique e leia mais