PUBLICADO EM 13 de nov de 2020
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Pobreza cai, mas extrema pobreza se mantém estável em 2019

Para o total da população, chama atenção o aumento da participação de aposentadorias e pensões entre 2012 e 2019, que passou de 18,1% para 20,5% do rendimento domiciliar total.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Em 2019, vivia com até o valor de ¼ de salário mínimo per capita mensal (cerca de R$ 250) 11,8% da população brasileira. Quase 30% vivia com até ½ salário mínimo per capita (R$ 499). No Nordeste, quase metade da população tinha até esse último patamar de renda mensal. No outro extremo da distribuição, no Brasil, 4,1% tinham rendimento per capita superior a 5 salários mínimos (R$ 4.990), no Distrito Federal 12,9% das pessoas apresentavam esse rendimento. Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta quinta (12) pelo IBGE.

Para o total da população, chama atenção o aumento da participação de aposentadorias e pensões entre 2012 e 2019, que passou de 18,1% para 20,5% do rendimento domiciliar total. Entretanto, esse crescimento está concentrado entre aqueles com mais rendimentos (aumento de 14,1% no período para as pessoas com rendimento domiciliar per capita acima de 3 salários mínimos).

O peso de aposentadorias e pensões no rendimento domiciliar para as pessoas com até ¼ de salário mínimo per capita, que era de 8% em 2012, reduziu-se ainda mais em 2019, passando para 7%. Nessa faixa de rendimento, a participação da componente “outros rendimentos” – Bolsa Família, BPC, entre outros – é bem mais significativa, sendo responsável por mais de 1/3 do rendimento total em 2019.

Quatro em cada dez trabalhadores ocupados estavam na informalidade em 2019. A informalidade no mercado de trabalho brasileiro, de caráter estrutural, atingia 41,6% dos trabalhadores do país em 2019, ou 39,3 milhões de pessoas. Este indicador se manteve estável em relação a 2018. A proporção era maior na região Norte (61,6%) e menor na Sul (29,1%).

IBGE

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