PUBLICADO EM 04 de fev de 2021
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Piauí: Sindicato garante avanços nos acordos coletivos em call center

A luta do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações no Estado do Piauí (SINTTEL-PI) para defender os direitos dos 7 mil trabalhadores em telecomunicações, os tele atendentes das empresas de Call Center, no estado do Piauí, garantiu avanços, mas a categoria ainda enfrenta dificuldades de locomoção, tanto pela falta de transporte, quanto pela insegurança causada pelo assaltos ba capital do estado, Teresina.

A negociação de Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) desses trabalhadores que estão na linha de frente da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) por serem considerados serviço essencial, conquistou avanços como o piso equivalente ao salário mínimo nacional, de R$ 1.100 este ano,

“No Acordo Coletivo de Trabalho, nós tivemos avanços, relativos a empresa Vickstar, em Teresina, com o salário de 2020 atualizado para , no mínimo o valor do salário mínimo nacional deste ano, e o reajuste salarial para 2021 especificado no acordo, que também prevê benefícios”, lembra Cochise Silva, diretor de Divulgação do SINTTEL-PI.

No caso da Alma Viva do Brasil, continua o dirigente, houve atraso porque a empresa não pagava o salário mínimo vigente, e o sindicato precisou atuar junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para que a empresa cumprisse a lei.

“Foi uma negociação muito difícil, nós exigimos que a empresa fosse além do salário mínimo para que ela mantivesse a questão dos benefícios”.

De acordo com Cochise Silva, esse ACT ficou vigente até julho, e os trabalhadores ficaram descobertos até o fim do ano, mas em dezembro, o acordo foi negociado com êxito e os trabalhadores, em assembleia, decidiram pela última proposta que a empresa apresentou, que foi aprovada agora em janeiro.

Nesse acordo foi garantido, inicialmente, o pagamento do salário mínimo vigente de 2021, e o ressarcimento dos trabalhadores na forma de abono pelo período não reajustado de 2020. Portanto, com relação a salário mínimo atual todos os trabalhadores de Call Center no estado do Piauí estão resguardados e receberão o piso nacional do salário mínimo deste ano, explicou o dirigente.

“Falta fechar a questão dos reajustes dos benefícios na Alma Viva, que ainda não foi garantido. Estamos vendo se conseguimos via convenção coletiva que existe com o sindicato patronal”, frisou o diretor de Divulgação do SINTTEL-PI.

Com relação ao transporte dos trabalhadores em telecomunicações, o dirigente ressalta que a dificuldade maior ocorre justamente com os trabalhadores de Call Center porque as empresas ficam em polos diferentes em Teresina e a categoria é formada em sua maioria por estudantes que necessitam se deslocar de casa para o trabalho, e do trabalho para a faculdade ou escola.

“Há uma demanda muito grande pelo transporte público por parte desses trabalhadores. Nós já tivemos muitos problemas relativos a essa necessidade do trabalhador, principalmente na unidade da Vickstar, que fica no distrito industrial, por conta do distanciamento com relação ao ponto de ônibus para o trabalhador”, explica o dirigente.

De acordo com Cochise Silva, no passado o sindicato conseguiu viabilizar junto aos órgãos municipais, a STRANS e a Prefeitura Municipal de Teresina, para que houvesse uma linha que saísse do terminal do parque Piauí, e que fizesse esse translado dos trabalhadores até o distrito industrial. Esse serviço vinha sendo oferecido normalmente pelas empresas através dessa intervenção do sindicato, porém, por algumas vezes esse serviço foi descontinuado, sem nenhum aviso prévio.

Em 2019 e 2020 os trabalhadores protestaram exigindo que esse serviço retornasse e, após uma paralisação das atividades, o serviço retornou, porém continua sendo alvo de muitas reclamações dos trabalhadores, que têm de descer no terminal do Parque Piauí, e se deslocar a pé até a unidade de trabalho, se expondo a assaltos e muita violência na região.

A luta do sindicato é para que o poder público municipal mantenha o serviço, e que seja adequado , que não seja descontinuado a qualquer momento, e que tenha inclusive um fluxo regular, pois as vezes o intervalo entre os ônibus chega a duas horas.

“Estamos agendando uma reunião com a Prefeitura Municipal de Teresina, e nós vamos oficiar para que esse serviço ele seja cumprido”, diz o diretor do Sinttel-PI, esclarecendo que a empresa Alma Viva do Brasil fornecem o serviço de Van, porém os trabalhadores reclamam porque são deixados longe do ponto de ônibus, muitas vezes a noite.

Confira aqui a integra da entrevista.

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