A Petrobras enviou ofício ao governo de Jair Bolsonaro (PL) formalizando o alerta de que pode haver desabastecimento de diesel no Brasil no início do segundo semestre deste ano.
O alerta já havia sido pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). De acordo com a FUP, o risco de desabastecimento está relaconado à escassez de oferta no mercado internacional e ao baixo nível dos estoques mundiais.
Desmonte da Petrobras
Segundo a FUP, apesar de ser autossuficiente na produção de petróleo, o Brasil importa atualmente cerca de 25% de suas necessidades de diesel no mercado interno, de acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) em razão da baixa utilização das refinarias brasileiras e da não conclusão de obras importantes no setor. Ou seja, o desmonte que o governo Bolsonaro promove na Petrobras desde 2019, que já havia começado no govenro do ilegítimo Michel Temer (MDB-SP), é uma das causas do risco de faltart diesel a partir de junho.
De acordo com a colunista Monica Bergamo, a informação sobre o risco de faltar diesel no Brasil já tinha sido passada ao governo de maneira informal pela estatal.
A diretoria da empresa decidiu, no entanto, formalizar o alerta para evitar que a equipe econômica e o próprio Bolsonaro aleguem desconhecimento nem joguem a responsabilidade nas costas da companhia caso a crise, de fato, se instale.
As bombas ficariam secas justamente no terceiro trimestre, quando a demanda por diesel aumenta sazonalmente no Brasil e nos EUA. A época é a de maior exportação de grãos pelo país. Uma crise poderia afetar o PIB brasileiro.
De acordo com a colunista, conselheiros da Petrobras se dizem perplexos com o fato de o governo Bolsonaro até agora não ter apresentado ao país um plano de emergência para enfrentar uma provável escassez do diesel.
Eles definem a reação do governo como “descaso”. E dizem que já deveriam estar sendo desenhadas propostas de economia do combustível e de priorização de seu fornecimento para alguns setores essenciais –como os de saúde e distribuição de alimentos, conclui a colunista.
Fonte: Redação CUT