Paulo Skaf na Folha de S. Paulo de hoje: “falácias”, afirma Miguel Torres da Força
As afirmações do presidente da entidade patronal causam estranheza. É difícil entender o porque da Fiesp avalizar uma política econômica que destrói a indústria instalada no Brasil. Ano após ano a indústria tem perdido espaço no PIB nacional, com a transferência para o estrangeiro da produção e dos empregos de qualidade oferecidos pela indústria. O país tem retornado à condição de exportador de matérias primas, a chamada reprimarização da economia, colaborando sobremaneira com a assustadora taxa de desemprego que contabiliza cerca de 13 milhões de desempregados e com o aumento da precarização do trabalho e da queda da massa salarial interna, travas que inibem os investimentos no setor produtivo, impedem a geração de novos postos de trabalho, penaliza milhões de famílias brasileiras pois diminui sua capacidade de consumo e seu bem-estar e compromete o crescimento econômico do país.
Parece evidente que o presidente da Fiesp tem colocado suas ambições político-partidárias à frente dos interesses do setor econômico que busca representar e da maioria do povo e do eleitorado que anseia por uma nova política orientada ao crescimento da economia, à geração de empregos, à reindustrialização do país, à defesa de sua soberania. Vale também ressaltar a questão ambiental, que o atual governo virou as costas, se curvando aos interesses de grupos que visam apenas explorar nossas riquezas e destruir nossas florestas. Skaf esquece, infelizmente, que precisamos de crescimento econômico e empregos para todos.
Miguel Torres – presidente da Força Sindical