Esta é a primeira eleição geral em que os candidatos estão proibidos de arrecadar dinheiro de empresas para custear as campanhas. Só pessoas físicas podem realizar doações. No entanto, os próprios candidatos foram autorizados a bancar a totalidade de seus gastos, por meio do chamado autofinanciamento, até o limite para cada cargo em disputa. A regra beneficia candidatos ricos. No caso de presidente, o teto é de R$ 70 milhões no primeiro turno, e de R$ 35 milhões no segundo.
O valor do patrimônio dos presidenciáveis chega perto do orçamento de 2018 do Fundo Partidário (R$ 888 milhões), criado para bancar as despesas de funcionamento das siglas, mas que pode ser aplicado nas campanhas. Além disso, a atual eleição será a primeira a contar com outra fonte de recursos públicos, o Fundo Especial de Financiamento de Campanha, criado no ano passado com remanejamento de R$ 1,7 bilhão de outros gastos e renúncias da União.
Dois estreantes na disputa pela Presidência impulsionaram as cifras: o engenheiro João Amoêdo (NOVO), dono de R$ 425 milhões, e o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB), cuja fortuna é de R$ 377 milhões.
Patrimônio declarado ao TSE
1 – João Amoêdo (NOVO)
R$ 425 milhões
2 – Henrique Meirelles (MDB)
R$ 377 milhões
3 – João Goulart Filho (PPL)
R$ 8,5 milhões
4 – Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
R$ 7,9 milhões
5 – José Maria Eymael (DC)
R$ 6,1 milhões
6 – Álvaro Dias (Podemos)
R$ 2,8 milhões
7 – Jair Bolsonaro (PSL)
R$ 2,2 milhões
8 – Ciro Gomes (PDT)
R$ 1,6 milhão
9 – Geraldo Alckmin (PSDB)
R$ 1,3 milhão
10 – Marina Silva (Rede)
R$ 118 mil
11 – Vera Lúcia Santiago (PSTU)
R$ 20 mil (terreno)
12 – Guilherme Boulos (PSOL)
R$ 15.416 (automóvel)
13 – Cabo Daciolo (Patriota)
Não informou nenhum bem
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