PUBLICADO EM 10 de maio de 2022
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Parceria MPT-SP e ONU levantará condições de trabalho de mulheres costureiras no Brasil

Todo mundo conhece aquela costureira de confiança, que ajuda na hora do aperto – e, algumas vezes, faz peças com um caimento sem igual. É muito comum vermos as mulheres ocupadas na cadeia da moda, seja nas plantações de matéria-prima, trabalhando no varejo, como costureiras e artesãs. Mas quem são, de fato, essas mulheres? Como são suas condições de vida, trabalho e acesso a recursos tecnológicos? Essas e outras perguntas serão respondidas por meio de um diagnóstico inédito, que está sendo conduzido pelo Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT) de São Paulo.

O projeto busca fazer um raio-x detalhado sobre as condições de trabalho das costureiras, incluindo uma ampla revisão bibliográfica, entrevista com lideranças do setor e mapeamento de atores envolvidos, como o próprio MPT, os sindicatos e empresas de confecção. Estima-se que 87% dos 1,3 milhão de profissionais que atuam com costura no Brasil são do sexo feminino.

Na etapa seguinte do projeto, os resultados do diagnóstico serão utilizados para a elaboração de um plano estratégico de empoderamento econômico das mulheres que atuam na cadeia da moda. O plano vai elencar atividades que possam ser realizadas por diferentes organizações e poderá prever compromissos do setor têxtil, sugestão de mudanças na legislação ou fiscalização, apoio para regulamentação das confecções e oferta de capacitações para as mulheres, entre outras ações.

O projeto está sendo desenvolvido em parceria com a ONU Mulheres, que acompanha a temática e indicou a importância estratégica do mapeamento. A cadeia produtiva da moda possui enorme relevância social e econômica e emprega milhares de mulheres em todo o país. Dados da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest) indicam que 87% dos 1,3 milhão de profissionais que atuam com costura no território são do sexo feminino.

O diagnóstico irá cobrir os seguintes assuntos: cadeia produtiva, terceirização e subcontratação; informalização; condições de trabalho; trabalho doméstico e de cuidado; trabalho infantil, forçado e em condições análogas à escravidão; migração e tráfico de pessoas.

O diagnóstico será feito ainda neste semestre, com previsão de divulgação de resultados até agosto.

Fonte: MPT

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