PUBLICADO EM 05 de ago de 2020
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Paraná: Renault falta à reunião com governador do estado para discutir demissões

Nenhum representante da Renault compareceu ao encontro, marcado para esta terça-feira (4), com o Ministério Público do Paraná, o Tribunal Regional do Trabalho, o Governo do Estado, deputados e o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) para debater as 747 demissões ocorridas em sua fábrica no complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais. O compromisso descumprido havia sido firmado durante audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Paraná no último dia 31.

A empresa não justificou o motivo de sua ausência e agora cabe ao Governo do Estado mediar um novo encontro até esta quarta-feira (5). Os deputados cobram seriedade da montadora e reafirmam que vão exigir a aplicação das sanções previstas na lei 15426/2007, “Lei Ratinho Junior”, que prevê retirada de incentivos fiscais e cobrança de impostos para as empresas que promovem demissões em massa.

A “Lei Ratinho Junior” se refere ao texto escrito na lei 15426/2007, do período em que o governador, que também foi secretário de desenvolvimento do Paraná, era deputado estadual. Ela determina contrapartidas para as empresas que recebem benefícios.

“As empresas que receberem incentivos fiscais de qualquer natureza para implantação ou expansão de atividades no Estado do Paraná deverão cumprir obrigatoriamente as seguintes condições que constarão dos respectivos acordos ou contratos: manutenção de nível de emprego e vedação de dispensa, salvo por justa causa ou motivação financeira obstativa da continuidade da atividade econômica devidamente comprovada pelo beneficiário do incentivo fiscal”, determina o texto sancionado em 30 de janeiro de 2007.

Em assembleia da categoria, os metalúrgicos da multinacional francesa decidiram manter a greve que entra nesta quarta feira no 14º dia. Eles alegam que a empresa se retirou da mesa de negociação no dia 21 de julho, contrariando o discurso feito em audiência pública (veja aqui).

Sérgio Butka, presidente do SMC, defende que a montadora francesa teria outras saídas as demissões como o lay off, banco de horas, suspensão temporária, redução de jornada, mas não sinalizou nenhuma das opções.“Ainda estamos esperando que a empresa tenha o bom senso para sentar e discutir com o Sindicato uma forma de manter os empregos e a competividade da empresa. Temos ferramentas pra isso. É só uma questão de boa vontade”, diz Butka.

O sindicalista alerta ainda que a empresa está cortando os dias dos funcionários em greve e que o Sindicato criou um fundo para auxiliar os trabalhadores.

com informações do site Brasil de Fato e Porém.Net

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