Os presidentes dos dois sindicatos, Rodnei Oliveira da Silva ‘Nei’ e Claudiomiro Machado ‘Miro’, estarão diante do centro de convenções Mendes, na avenida Francisco Glicério, onde Temer é aguardado para um evento sobre questões portuárias.
Se não forem recebidos pelo presidente, os sindicalistas acionarão um protesto com carro de som e centenas de portuários defronte ao local, entre a avenida Ana Costa e o canal 2, além de prosseguir com a paralisação por tempo indeterminado.
Nei e Miro querem conversar com o presidente sobre vários problemas, principalmente os causados pela medida provisória 595-2012, que regula a exploração dos portos, direta ou indiretamente, pela união. Eles ponderam que Temer ouviu os empresários sobre o assunto.
À tarde
Às 13 horas, acompanhados por dirigentes dos sindicatos dos operadores de guindastes e empilhadeiras, consertadores, vigias de bordo e trabalhadores do bloco, os líderes da estiva e dos operários estarão no posto 3 de escala do órgão gestor de mão de obra, na Ponta da Praia.
Essas categorias participaram de enorme mobilização nesse local, entre as 6 e as 8 horas da manhã, protestando contra o descanso obrigatório de 11 horas. Os trabalhadores querem garantia de excepcionalidades, trabalho e ganho após o intervalo.
O problema é que os avulsos, ao contrário dos empregados fixos de qualquer setor, ganham apenas quando têm trabalho disponível. E, muitas vezes, o descanso obrigatório os prejudica.
Brasília
Nei e Miro estranham a intransigência do Sopesp e do Ogmo. Lembram que os operadores do cais público aceitam as excepcionalidades propostas pelos sindicatos para implantação do descanso.
Os dois irão a Brasília, no ministério do trabalho, buscar uma nota técnica, prometida na semana retrasada pelo ministro Helton Yomura, contra a implantação da medida sem as excepcionalidades.
Eles defendem ainda que, no retorno ao cais, após o descanso, previsto em lei, haja garantia de trabalho ou de ganho pela média, conforme garantido na legislação.
A possibilidade da paralisação não ocorrer, segundo as lideranças sindicais, é o Ogmo não implantar o descanso de 11 horas sem as excepcionalidades e o Sopesp voltar às negociações.