Em meio à polêmica em torno da aprovação da PEC 01/2022, que declara estado de emergência liberando bilhões de reais para políticas sociais, seis centrais sindicais (CUT, Força Sindical, UGT, CSB, NCST e Pública) emitiram uma nota na qual ao mesmo tempo em que denunciam o oportunismo e a ineficiência do atual governo, defendem medidas emergenciais para socorrer o povo que sofre com a miséria e com o desemprego.
As centrais afirmaram que lutam pelo Auxílio Emergencial de 600 reais desde o início da pandemia, em março e abril de 2020, e que as posições que defendem, como o fim da carestia, a geração de empregos, além de medidas de assistência para superar situações de emergência, estão contempladas no documento lançado na Conclat em abril deste ano.
Leia aqui a nota:
Nota das centrais sindicais
PEC Emergencial: atrasada, demagógica e eleitoreira, porém necessária
Desde sempre, e especialmente durante a pandemia, as Centrais Sindicais defendem medidas para proteger a população mais vulnerável. Não só propusemos um Auxílio Emergencial de R$ 600, como defendemos de forma contundente sua continuidade para além de setembro de 2020, quando ela foi reduzida pelo governo, além de medidas para a proteção dos empregos e dos salários.
Isso porque a inflação e o alto custo de vida somados ao desemprego oprimem o povo trabalhador que se vê assolado pela fome, pela miséria e por todos os males advindos desta situação.
Isso é o que há de mais urgente.
Defendemos políticas que ativem a geração de empregos e o combate à carestia, conforme registramos na Pauta da Classe Trabalhadora 2022.
Lamentavelmente este governo preferiu o desperdício, liberando milhões de reais para o orçamento secreto com o objetivo de conquistar o voto de sua base parlamentar e tem desperdiçado outros milhões quando deixa vacinas e testes vencerem sem atender a população.
Reiteramos que o atual governo nunca apresentou um plano para enfrentar os problemas básicos do país.
O aqui e o agora, entretanto, justifica o apoio parlamentar à PEC 01/2022.
Garantir a sobrevivência dos mais carentes é a medida que deve estar à frente de qualquer outra.
São Paulo, 1 de julho de 2022
Sérgio Nobre, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT)
Álvaro Egea, secretário geral da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)
Oswaldo Augusto de Barros, presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST)
José Gozze, presidente da Pública Central do Servidor
Leda Fraguito Esteves De Freitas
Muito lúcidas as considerações das Centrais de Trabalhadores.