PUBLICADO EM 02 de fev de 2021
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País registra 649 greves em 2020, aponta Dieese

Principais motivos foram atraso nos pagamentos, reajuste de salários e dos pisos salariais

Foto: Adonis Guerra/SMABC

O DIEESE registrou 649 greves em 2020 organizadas, principalmente por trabalhadores da esfera privada. “Diante das graves crises sanitária e econômica, provocadas pelo novo coronavírus o papel dos sindicatos tem sido fundamental para evitar demissões em massa e a retirada de mais direitos”, afirma Miguel Torres, presidente da Força Sindical.

De acordo com o estudo, no ano em que a pandemia do coronavírus somou-se às dificuldades econômicas e políticas, o número representa queda de 42% em relação a 2019. Foram 326 mobilizações no setor de serviços privados, 196 mobilizações dos trabalhadores dos transportes, envolvendo principalmente os rodoviários dos coletivos urbanos.

O levantamento aponta ainda que os trabalhadores de turismo e hospitalidade somaram 53 mobilizações. Na indústria privada foram 89paralisações, sendo que os metalúrgicos cruzaram os braços 51 vezes – o que equivale a 57% das greves do setor. Os trabalhadores da construção pararam em 15 ocasiões (17%).

O sindicalista ressalta que em 2021 a luta será mais intensa ainda e exigirá ainda mais unidade de ação do movimento sindical para evitar que passem como um rolo compressor pelos direitos sociais e trabalhistas conquistados ao longo de décadas. “O enfrentamento a este período de retrocesso e de opressão da classe trabalhadora exige uma mobilização cada vez maior e mais forte do movimento sindical”, destaca o Torres.

Clique aqui e confira a íntegra do levantamento

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