O Brasil registrou saldo de 328.507 empregos com carteira assinada abertos em fevereiro deste ano, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira (29). O número é resultado de 2.013.143 contratações ante 1.684.636 demissões. Ao mesmo tempo, representa declínio na comparação com fevereiro de 2021, quando foram criados 397,5 mil empregos formais, segundo o Ministério do Trabalho.
O número de novos empregos formais são o melhor resultado mensal desde setembro de 2021, mas é 17,3% inferior ao registrado há um ano. Pesa também negativamente na avaliação a base de comparação, considerando que em fevereiro de 2021 a pandemia de covid-19 estava em momento muito pior do que atualmente. A comparação com anos anteriores a 2020 não pode mais ser considerada, já que o governo mudou a metodologia no início do ano passado.
No bimestre
O salário médio de admissão também caiu: foi de R$ 1.878,66 em fevereiro passado, contra R$ 1.926,36 no mesmo mês de 2021. Os dados do Caged mostram a criação de 478.862 novas vagas no primeiro bimestre de 2022, o que representa queda de 26,5% em relação ao mesmo período de 2021, quando foram 651.756 novas vagas.
O secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Previdência, Bruno Dalcolmo, atribui a desaceleração em relação ao ano passado dizendo que “as empresas não continuarão contratando naquele ritmo para sempre, mas (o resultado de fevereiro) é um número expressivo que merece comemoração”.
Segundo ele, os dados são importantes porque, pela primeira vez, “estamos acima de 2 milhões de contratações”. “É claro que não é possível se afirmar que é algo estrutural e que permanecerá nesse patamar”, afirmou.
O setor de serviços lidera a criação de novos postos de trabalho, com a geração de 215.421 novas vagas com carteira assinada. A indústria foi responsável por 43 mil novos empregos, principalmente na indústria de transformação (38.575). A construção gerou 39.453 novos postos. Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura vem em seguida (17.415) e o comércio mais atrás, com 13.219.
Fonte: Rede Brasil Atual