Entenda melhor
No dia 11 de julho, após receber muitas denúncias referente a problemas neste canteiro de obra, os diretores e assessores do Departamento de Base do Sintracon-SP compareceram no local para fazer uma visitação de rotina. Durante a inspeção, foram encontradas diversas irregularidades, como: salário e férias em atraso; desconto dos dias de greve da categoria; alimentação com péssima qualidade; e área de convivência incompatível com os requisitos da NR-18.
Por conta destes problemas, a obra entrou em estado de greve, ou seja, foram abertas negociações com a majoritária RFM, com o intuito de resolver estas questões da maneira mais simples e eficaz.
De acordo com o diretor executivo do sindicato, Atevaldo Leitão, as negociações não avançaram, por isso os trabalhadores e o sindicato deflagraram greve: “O Sintracon-SP sempre ouve o que a empresa tem para dizer. Por esse motivo, abrimos negociações com a empresa para tentar resolver da maneira mais rápida e fácil. Porém, não conseguimos entrar em um acordo, as propostas dela não eram justas para os trabalhadores. Agora, para resolver, convocamos greve, que foi apoiada por todos os operários”, comenta.
E continua: “Esta obra é milionária, ela tem 78 mil m² e os operários estão levantando um hotel 6 estrelas por aqui. Não é possível que os patrões não têm dinheiro para pagar corretamente os trabalhadores e cumprir com o que está escrito na convenção coletiva”, complementa o diretor.
O Sintracon-SP informa que os trabalhadores deste canteiro só retomarão as atividades quando todos os problemas forem solucionados de maneira justa.
Sindicalização
O sindicato, além de abraçar os atender que precisavam de seu suporte, sindicalizou, só na obra da Cidade Matarazzo, 75 operários. A equipe entregou, também 20 carteirinhas de sócios que já haviam se associado.
Nesta segunda-feira, no total de duas obras visitadas, o Sintracon-SP sindicalizou 96 companheiros.
Fonte: Sintracon-SP