PUBLICADO EM 18 de maio de 2021
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OMS: mundo tem segunda semana consecutiva de queda em casos e mortes por Covid-19

Foto: Unicef/Alissa Everett

A Organização Mundial da Saúde, OMS, informou que, pela segunda semana consecutiva, houve um declínio global nos casos e mortes por Covid-19.

Falando a jornalistas em Genebra, o diretor-geral da agência alertou para uma grande discrepância. Em alguns países, com as taxas mais alta de vacinação, parece haver uma impressão de que a pandemia acabou, enquanto outros ainda enfrentam enormes fases de contaminação.

Preocupação
Para Tedros Ghebreyesus, a situação continua a ser muito preocupante.

Ele disse que “a pandemia está muito longe de terminar e não vai acabar em nenhum lugar até que acabe em todos.”

O chefe da agência contou que novas variantes, sistemas de saúde frágeis, fraca implementação de medidas de saúde pública, falta de oxigênio e do medicamento dexametasona além de vacinas só estão agravando a situação.

Mas para Tedros, existem soluções disponíveis, como distanciamento físico, uso de máscaras e prevenção de grandes aglomerações.

Resposta
A OMS está respondendo ao aumento de casos na Índia e em outros pontos críticos.

Com a demanda tão alta, a agência precisa de financiamento imediato para sustentar seu apoio técnico e operacional a todos os países, especialmente os mais afetados.

No ano passado, os doadores contribuíram para o Plano Estratégico de Preparação e Resposta, mas em este ano, faltam doações.

O diretor-geral contou que “a flexibilidade desse financiamento é fundamental”, não apenas para responder às necessidades de emergência, mas para salvar vidas e meios de subsistência.

Covax
Nos próximos dias, a inciativa Covax deve atingir a marca de 65 milhões de doses de vacina distribuídas. A estimativa inicial apontava para a distribuição de 170 milhões até este momento.

Em comunicado, o Fundo da ONU para a Infância, Unicef, informa que quando os líderes do G-7 se reunirem no Reino Unido, no próximo mês, o déficit será próximo de 190 milhões de doses.

A agência lembra “avisos repetidos sobre os riscos de baixar a guarda e deixar países de baixa e média rendas sem acesso equitativo a vacinas, diagnósticos e terapêuticas.”

O Unicef está preocupado com a situação na Índia e tema que “seja um precursor do que acontecerá se os avisos não forem atendidos.”

A agência diz que a situação no país “é trágica, mas não é única”, destacando os casos de países como Nepal, Sri Lanka, Maldivas, Argentina e Brasil.

Obstáculos
A Índia é ainda um centro global para a produção de vacinas. Como o aumento da demanda interna nas últimas semanas, cerca de 140 milhões de doses destinadas a países de baixa e média renda não foram disponibilizadas para a Covax. Provavelmente, outros 50 milhões de doses serão perdidos em junho.

O Unicef explica o nacionalismo da vacina, a capacidade de produção limitada e a falta de financiamento como as outras razões para o atraso do lançamento.

Se todos os países do G-7 e União Europeia doarem 20% das suas doses em junho julho e agosto, 153 milhões de imunizantes ficariam disponíveis.

O que seria possível fazer sem comprometer a vacina em suas próprias populações.

Fonte: ONU News

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